quinta-feira, 11 de março de 2021

PALAVRAS

 




Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma, e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua provação.

Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância e pela humildade.
No Sermão da Montanha, Jesus disse (Mateus, 5,37): “Mas seja o vosso falar: Sim, sim; não, não. O que vai além disso, procede do Mal”. Isso nos ensina o ponto básico para usar a palavra, considerando a firmeza e a intenção do que devemos transmitir.

Na Epístola aos Colossenses, Paulo (Col. III, 8 e 9) exortou: “Mas agora deixai também vós tudo isso: a ira, a indignação, a malícia, a blasfêmia, a palavra torpe de vossa boca. Não mintais uns para os outros...”

As palavras estão sempre carregadas energeticamente por quem as profere ou as escreve, que nelas imprime suas emoções, suas ideias, seus pensamentos. A palavra, uma vez proferida, é como um tiro disparado, que não se pode recolher. Por isso, temos que ter muito cuidado e pensar antes de emitir nossas palavras.

Tiago (3-8) assevera: “... a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.” Isaías (52-7) diz que “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas!”, assim nos ensinando que nosso caminho será mais ameno se usarmos nossas palavras para divulgar coisas boas, positivas, elogiar nosso próximo mesmo por pequenos gestos, evitando julgamentos e depreciações.

Uma das grandes geradoras da violência que nos rodeia é a palavra proferida com má vibração, que fere e ofende nosso próximo.

No Livro de Provérbios (15.1) encontramos: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira!”. Essa é a chave da boa convivência com os que nos cercam.

Tiago (1,26) adverte: “Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã!”

Sabemos que a palavra conduz ectoplasma e gera reação positiva ou negativa, de alegria ou de tristeza, possibilitando ao Homem utilizar seu livre arbítrio para se elevar a si mesmo ou ao seu próximo, bem como causar os maiores desastres.

Pedro, em sua I Carta (3,10) avisa: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreia a sua língua do mal e os seus lábios não falem engano!” A sabedoria dos Evangelhos nos ensina a não falar mal dos outros.

Segundo Mateus (12-36 e 37), Jesus disse: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado”. Ainda Mateus (18, 7) nos revela que Jesus advertiu: “Ai do mundo por causa dos escândalos! Porque é preciso que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!”

Devemos evitar, sempre, ferir, prejudicar ou magoar alguém com nossas palavras. A mentira às vezes nos parece necessária, mas vai depender muito de nossa consciência saber usá-la, pois somos levados a ela em algumas ocasiões de aflição, para evitar um mal maior - como um doente em fase terminal, por exemplo - mas devemos nos esforçar para não mentir.

Jesus, reunindo o povo (Mateus, 15-7 a 10), lhes disse: “Hipócritas! Bem profetizou de vós Isaías, dizendo: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois, me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos Homens”. Ouvi e entendei: não é o que entra pela boca que faz imundo o Homem, mas o que sai da boca, isso é que torna imundo o Homem!”

Segundo Mateus (15-18 a 20), Jesus nos advertiu: “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem, porque do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias... São estas coisas que contaminam o homem!”

Se tivermos uma palavra boa, confortadora e benéfica, estaremos bem com nós mesmos e com a Espiritualidade Maior. As palavras proferidas com raiva, os xingamentos e palavrões, geram desarmonia e ódio, atraindo irmãos das Trevas, formando situações que levam a desequilíbrios perigosos.

Em Mateus, XII-36 e 37, nos é relatado o que disse Jesus aos fariseus: “E digo-vos que de toda palavra ociosa que falarem os Homens, darão contas no dia do Juízo: porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras, condenado!”

Através de Chico Xavier, Emmanuel nos fala de algumas palavras que predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento: a queixa contra alguém; a reclamação agressiva; o palavrão desatado pela cólera; a resposta infeliz; a frase de sarcasmo; o conceito depreciativo; o apontamento malicioso; a crítica destrutiva; o grito de desespero; a expressão do pensamento de ódio; a lamentação do ressentimento; a que acompanha a atitude violenta; a que coroa o riso de escarninho; a fala da irritação; o cochicho do boato; a gerada pela impaciência; o parecer injusto; e a pancada verbal da condenação. Segundo Emmanuel, cada espinho invisível, representado por aquelas palavras, é comparável à fagulha capaz de atear o incêndio da discórdia, e ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.

A moderna Psicologia nos ensina que nos transformamos naquilo que falamos. Mudamos nossa vida de acordo com nossas palavras, que expressam os pensamentos que temos. Na verdade, somos conhecidos pelo que falamos
fonte: observações tumarã

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