terça-feira, 24 de maio de 2016

TEACHER

Isolado em seu castelo na antiga Escócia, agora parte do Reino Unido, o velho Lord (título concedido pelo Rei) sentia um vazio em sua existência. Tinha conquistado tudo o quê precisava para sentir-se verdadeiramente feliz e realizado: posses, terras (o bem mais precioso de todos os tempos), ouro e serviçais leais.

Porém o clamor de seu espírito pediu algo mais... Atribuía seu sucesso material à sua capacidade de gerenciamento de crises, e não a qualquer ser invisível que outros chamavam de deuses, ou a crendice da “sorte”. Sua esposa lhe dedicara fiel amor durante toda sua vida, e ao partir deste plano deixou uma saudade boa, repleta de lembranças agradáveis, que não lhe permitiam a tristeza ao recordar.

Em uma de suas noites de angústia injustificada teve um sonho. Sonhou que os pobres tomavam seu castelo e repartiam todo o seu ouro. Desesperado perguntava a um e outro: “O quê vão fazer com esse ouro?” E ouvia sempre a mesma resposta: “Vamos comprar comida!”“E depois?” insistia com o interlocutor, e novamente uma resposta igual: “Não sabemos!”

Acordou suado e reflexivo no meio da noite.

Pela manhã preparou sua charrete e foi passear pelos povoados que circundavam seu castelo. Viu tanta miséria que chegou a pensar em realizar o sonho e repartir toda sua fortuna. Porém, lembrava da segunda pergunta: E depois? E a resposta: Não sabemos!

Durante semanas reuniu seus leais servidores e passou a elaborar um plano de reestruturação daquela população. Procurou os que sabiam da arte de tecer, plantar e colher. Buscou aqueles que detinham a arte de manufaturar matérias primas e os que conheciam técnicas de armazenamento. Também encontrou os que sabiam das preferências dos nobres consumidores da Corte Real.

Com um planejamento estabelecido, iniciou sua missão: procurar o povo e instruir-lhes sobre como progredir na vida! Um a um dos camponeses, pequenos artesões, costureiras e tantos outros que detinham alguma habilidade, mas nenhuma instrução, técnica ou contatos comerciais, foram recebendo as valiosas lições sobre como poder progredir.

Misturava-se com o povo sem revelar sua real condição de “senhor do castelo”, de Lord. Apresentava-se com uma boina de tecido xadrez, característica dos escoceses, um simples colete e um cachecol cuidadosamente posto. O cachimbo dava-lhe um ar de distinção que o diferenciava dos habitantes comuns.

Suas instruções eram tão precisas e eficazes que todos o passaram a chamar de Professor, ou “Teacher” em inglês.

Teacher mudou a vida de todos e viu a prosperidade chegar àquela região. Poucas vezes foi necessário “colocar algum dinheiro” extra, porém quando o fazia, exigia o compromisso de devolução. Suas técnicas, e precisas informações, eram quase sempre suficientes para que cada um cuidasse de seu próprio negócio.

Em retribuição a todo o bem que praticou junto aos necessitados, aprendeu com eles sobre o Deus a quem oravam pedindo que alguém lhes fosse enviado para ajudar. Convivendo com eles aprendeu sobre sua fé e espiritualizou-se. Mas esta é outra história.

Teacher é visto como o grande protetor de nossas finanças. Não que vá ajudar você a ganhar na loteria, mas para trazer o caminho, para que com seu próprio esforço e trabalho, possa modificar sua vida e trazer a prosperidade.
Portanto, nada de fanatismo, de ficar pedindo soluções mágicas! A resposta está no conhecimento e trabalho. As oportunidades chegam a nossas mãos de acordo com nosso padrão vibratório, com o quê atraímos pelos nossos pensamentos, palavras e ações. Disposto a trabalhar e com a mente clara, pode até receber uma “ajudinha” do professor: Teacher!

O quadro original desta Entidade, pintado a pedido de Tia Neiva, foi deixado na Lojinha do Vale, única fonte de arrecadação oficial de recursos. Mestre Carmênio foi quem o recebeu.

Muitos já me escreveram pedindo que escrevesse a história do “Teacher”, o “Mentor Financeiro do Vale do Amanhecer”. Busquei nos Acervos alguma referência, mas nada! Lembro que certa vez ouvi uma história, mas não sei precisar sua veracidade ou origem, reescrevo não como verdade absoluta, mas fruto de uma lembrança e da intuição que me chega. Kazagrande


fonte: exílio do jaguar

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