A intuição designa o modo de um conhecimento
imediato, tanto no contato de um acontecimento presente como na penetração de
uma realidade existente, um conhecimento instantâneo, podendo ser de duas
naturezas: sensível ou sensorial, quando se refere à percepção plena de
fenômenos materiais; e inteligível ou intelectual, quando o Homem penetra em
seu próprio ser, contatando sua individualidade com os espíritos que o
acompanham.
Na Psicologia, foi classificada, por Jung,
como Gestalt, o resultado de uma organização interna, espontânea e inata que dá
ao Homem uma certa tendência para a origem das coisas e o pressentimento de sua
evolução e dos acontecimentos. É uma função que não atua por raciocínio, sendo
irracional como a sensação, preenchendo lacunas da percepção sensorial.
Jesus disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis que eu vos
mando como ovelhas no meio de lobos. Sedes prudentes como as serpentes e
simples como as pombas. Guardai-vos, porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os
seus tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas, e por minha causa sereis
levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a
aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que
haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer.
Porque não sois vós que haveis de falar, mas o Espírito de vosso Pai é o que
fala em vós.”
Ao mesmo tempo em que advertia os apóstolos
para suas missões, o Divino e Amado Mestre esclarecia o que é a intuição, como
vista em nossa Doutrina: a ligação, o principal canal por onde fluem as
informações diretamente dos planos espirituais para o médium equilibrado. Pela
intuição agem os Mentores, os Cavaleiros, as Guias Missionárias, os Ministros,
enfim, toda a Espiritualidade, nos momentos precisos e decisivos da vida do
médium. Não ocorre interferência nem mistificação, porque é uma ligação direta.
Pela intuição se faz, também, a ligação entre
a individualidade e a personalidade. Esta só tem a experiência de uma vida
inteiramente condicionada pelo carma. A individualidade tem a experiência de
todas as vidas que o espírito viveu, tendo ainda a vantagem de não estar
condicionada a um mundo físico.
Quando, por sua conduta doutrinária, o Homem
se liga à sua individualidade, pelo canal interativo, chegam a ele as mensagens
de uma longa experiência, exaustivamente vivida, e o Homem erra muito menos.
Quando o médium manipula com mais intensidade a força da Terra num baixo padrão
vibratório, seu interoceptível fica saturado de ectoplasma pesado e o Homem
perde a agilidade mental, a sensibilidade da intuição, ficando cego e surdo,
aguçando seus instintos anímicos e reduzindo a condições precárias seus
contatos com a individualidade.
No médium desenvolvido, isso resulta em
lapsos agudos de consciência e distúrbios orgânicos. O médium fica inquieto,
desarmonizado, tenso, chegando a se revoltar, voltando-se contra os outros,
esquecido do que Tia Neiva dizia com frequência: “Em qualquer hipótese, volte-se contra si
mesmo!...”
fonte: observações tumarã
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