Não digas que os outros são maus, quando todos os seres são bons, para serem um dia perfeitamente bons. Se já consegues doar algo de ti, procurando entesourar a bondade, não acuses aquele que acumula os bens da vida, crendo assim enriquecer-se, para unicamente entregar mais tarde, por mãos alheias, as vantagens que ajuntou.
A rigor, não existem espíritos absolutamente maus.
A vida nada cria para desequilíbrio ou delinquência.
A fonte é boa porque distribui generosamente os dons que lhe são próprios, entretanto, o solo não é mau porque prende a fonte a si mesmo.
A andorinha é um poema de beleza voando na altura. todavia o batráquio não pode ser interpretado como monstro porque esteja colado ao charco.
Não existe pomicultor capaz de condenar uma planta recém-nata, na fraqueza em que se caracteriza, simplesmente porque a veja assim débil, ao lado da árvore vigorosa em plena maturação. Protegerá uma e outra, considerando-lhes tempo e valor.
Assinala-se cada ser por determinada problemática evolutiva.
Observando os princípios que regem a natureza, se alguém te injurias por não seres ainda um espírito tão bom quanto seria de desejar, não interrompas o trabalho a que te afeiçoas para te mostrares no futuro, tão bom quanto precisas ser. Prossegue agindo e servindo, certificando-te de que a ação e utilidade podem transformar qualquer deserto em jardim.
Não reclames de ninguém quando surjam aqueles que te não consigas compreender e procuram a compreender a quantos te reprovam.
Segue adiante, ama e abençoa, auxilia e constrói, que para isso fomos chamados a viver.
As diretrizes do entendimento e da misericórdia te facilitarão a ramagem no dia-a-dia e o dever cumprido falará por teu silencio.
A força do universo que mantém a floresta é a mesma que vitaliza a semente diminuta.
Aprendamos a servir e a esperar, afim de que os tesouros da evolução se nos revelem no grande caminho da imortalidade.
Toda criatura é um fruto divino na árvore da vida, mas todo fruto pede tempo a fim de amadurecer.
fonte : Encontro de Paz - Francisco C. Xavier
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