segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CURSO SOBRE ESTRELAS - 7ª AULA (última)



7ª AULA (07/11/1982)
Aula ministrada pelo 1º mestre Sol, Trino Tumuchy





Salve Deus!





A maneira como as coisas estão acontecendo e se intensificando justifica nossas precauções e preocupações, porque estamos na ponta de uma longa jornada, que já vem há milhares de anos. Nestes últimos dois mil anos, nós – os Jaguares – temos passado por um crivo extraordinário, em testes e provas que, realmente, não justificam mais nossa existência senão em termos de plena realização. Estamos vivendo os dias em que as coisas se definem com muita clareza, e o panorama do mundo, cada vez mais nítido, mostra a realidade dos planos que estão se encontrando. Será que só um fenômeno extraordinário seria capaz de nos fazer despertar, nós que temos um treinamento milenar, que somos Jaguares verdadeiros? 

É claro que estamos percebendo que os fenômenos estão acontecendo, mas ainda não os enquadramos em nossas próprias vidas. Estamos com a consciência e a mente preparadas para os fatos reais que se desenvolvem no mundo em que vivemos. Mas nós, Jaguares, além de cuidarmos dos fatos reais, inerentes ao carma e às obrigações relativas aos desmandos de vidas anteriores, também teremos de conduzir uma missão, chamada por Pai Seta Branca de missão simétrica, missão que é própria deste mundo, mas terá que ser conduzida na outra dimensão, penetrando no mundo fora da matéria. 

Assim, temos que trazer o mundo fora da matéria para perto de nós, através de nossa emissão. Alguns já estão conseguindo contato quase permanente, influenciando, inclusive, a própria vida. Muitas das coisas que nos acontecem, com reflexo na saúde, vêm das pressões e compressões de um mundo desconhecido, através do sistema de redução da força decrescente, e vai se colocando em nosso plexo, na nossa própria existência. Nossa vida fica, então, impregnada por este mundo fora da matéria. É bom que esta observação seja feita por cada um, objetivamente. Não precisamos dizer a ninguém que somos objeto de determinado espírito, porque de nada adianta a experiência de um para o outro. 

Os fenômenos que irão acontecer, com a Humanidade sentindo os efeitos da penetração da outra dimensão, já estão acontecendo conosco porque fomos ao encontro deles. Nós abrimos a nossa percepção e os nossos chakras através das iniciações que fizemos e da nossa conduta doutrinária. Tia Neiva já vive este problema desde que despertou para sua clarividência, há 24 anos. Estes mistérios, que são, na verdade, os mistérios dos próprios espíritos, das coisas por nós desconhecidas, estão acontecendo também conosco. Vamos adquirindo consciência gradual deste fato, e isto só pode ser feito se formos Jaguares com os pés na Terra e tivermos um censo de observação particular. 

Tem que ser no mundo da nossa individualidade, porque a exteriorização da nossa observação será diluída pela própria vibração de outra pessoa que tenha, também, suas experiências, seu mundo íntimo e sua individualidade. Tenhamos mais cuidado em observar, em nossa individualidade, todos os fatos que nos acontecem. Tudo o que for observado vai formando, aos poucos, um quadro da nossa própria pessoa, já se desdobrando e penetrando num outro plano, e sentindo suas influências. 

Na proporção em que sentirmos a sensação de que não estamos mais sendo seres humanos apenas físicos e que só fazemos as coisas da Terra, do horizontal, começamos a nos tornar criativos e a perceber que as coisas saem de nossas mãos transformadas criativamente. Quando tivermos um doente, uma pessoa aflita ou qualquer outra situação perto de nós e, se por acaso, tivermos aquela vontade de nos livrarmos do problema, lembremo-nos de que estamos sendo procurados por aquele paciente pela atração que temos e, quando aquele paciente sai de perto de nós com suas energias recuperadas, não vamos nos sentir cansados. Pelo contrário, teremos nossas energias recarregadas.

As observações que formos fazendo em nossas vidas irão descobrindo as experiências. As únicas respostas válidas para qualquer questão serão aquelas que nós mesmos responderemos. O desafio, então, é este: passemos a nos observar melhor, vejamos o que nos acontecerá, vejamos os acontecimentos em torno de nós e teremos a consciência de milhões de coisas que nos acontecem e que, antes, nos eram despercebidas. Vamos, assim, penetrar juntos neste mundo assimétrico, onde não temos ferramentas a não ser a percepção extrasensorial, como nós a desenvolvemos. Vamos sair de um mundo onde tudo é organizado, onde tem horas, dias, sequências, tudo tem referências e padrões, e entrar no mundo sem referências e sem padrões. 

Quando ficamos prisioneiros da espiritualidade, naquele instante o que nos fica presente não é a nossa personalidade atual, mas, sim, a sensação exata do tempo em que provocamos a razão da prisão. Então, o tempo desaparece e nos sentimos mergulhados naquela vivência antiga. Com o instrumental de observação de que cada um de nós é possuidor, vamos penetrar nesse mundo assimétrico, sabendo que lá existe um perfeito sistema, mas diferente do nosso aqui da Terra. Como exemplo, vamos ver como acontecem as coisas em um Oráculo. 

Oráculos são centros de força, presididos por um determinado espírito que levou muito tempo conquistando e evoluindo, passando milênios para formar seu Oráculo. É o caso de Tia Neiva, de Pai Seta Branca, de Pai João, etc. Oráculos são organizações, formas de vida em que acontecem muitas coisas, manipulações de forças da Natureza, do destino de pessoas, transferências de espíritos, etc. O expediente deste mundo assimétrico é uma coisa gigantesca. Basta que imaginemos a quantidade de espíritos que encarnam e desencarnam diariamente e a quantidade de serviços que são pretendidos por estes Oráculos. Existem milhares de Oráculos, cada um com suas funções, suas especificações, seus tipos de trabalho e sua maneira de ser. 

Vamos fazer uma experiência: quando tivermos a oportunidade de observar um por do Sol. Com o Sol já quase no horizonte, olhemos para o Sol e vamos verificar que o Sol vai devolvendo seus raios até se transformar em uma bola azul. Em torno desta bola azul iremos notar uma cor amarelada e, mesmo que fechemos os olhos, aquela figura continua. Dominada esta primeira sensação, de vez em quando – de acordo com nosso tipo de mediunidade – poderemos perceber umas manchas pretas, do tamanho do Sol, movendo-se rapidamente. Estas manchas ou bolas pretas são as cassandras, levando espíritos que passaram pela Terra e que estão sendo manipulados naquele dia. 

Os Oráculos, além do neutrom, vão se organizando de acordo com a capacidade dos espíritos encarnados, missionários que são atraídos para as várias tarefas na Terra. Neste momento, estamos nos preparando no sistema que irá presidir a Estrela de Nerhu, ou Estrela Testemunha. Esta é a esperança e o presente de Pai Seta Branca, que ele recebeu de Jesus, e que nós, através de nossa Mãe Clarividente, precisamos sustentar para conseguimos chegar até lá. 

Nesta Estrela Guia vão funcionar três Oráculos. Dois deles – Oráculo de Olorum e Oráculo de Obatalá – irão se confrontar, porque os trabalhos feitos na Terra serão sempre feitos em fusão. O Oráculo de Olorum, existente há milhares de anos, é presidido por um deus tremendamente poderoso, de forças milenares acumuladas, que manipula todas as coisas naturais da Terra, a força dos raios, etc. Este Oráculo será manipulado pelos 5º Yurês e pelos mestres Lua, por corresponderem com o plexo físico do médium Apará. 

O Oráculo de Obatalá recebe as energias e forma as forças giratórias centrífuga e centrípeta. É o Oráculo do mestre Sol. Estes dois Oráculos pela primeira vez, na história da Humanidade, operam, fisicamente, em um ponto na Terra. Estes dois Oráculos convergem para um terceiro Oráculo, chamado Agamor. É o lugar onde são manipuladas todas as forças que regulam o pequeno universo da Terra, e centraliza, manipula e controla todas as forças que se referem aos fenômenos da Terra, tempestades, anodai, recebe as emanações cármicas e projeta todas as coisas da Terra. 

O desenvolvimento do ritual da Estrela Testemunha dará maior compreensão a estas informações que estão sendo transmitidas agora. Temos, então, um Oráculo para operar fisicamente, assim como temos a Estrela Candente, o Turigano e o Templo do Amanhecer formando o Oráculo do Amanhecer, o nosso continente. Vejam quantas legiões de espíritos estão ligadas ao Oráculo. Como vivem estes espíritos? Como vivem os mestres do Vale do Amanhecer? Sua resposta extrapolada traduzirá o que existe neste mundo, que nós desconhecemos, mas que podemos saber o desconhecido pelo conhecido.

Assim, o Vale do Amanhecer não é somente os mestres – é um conjunto de valores, Oráculos, forças projetadas, etc. O Oráculo de Simiromba, por exemplo, é um 7º de Obatalá. Imaginemos o nosso tamanho quando mergulhamos em nossas emissões e nas vidas etéricas. Onde atingimos e o que somos capazes de fazer? Depois, imaginemos o poder desta Estrela Guia. Procuremos sentar no lugar que é nosso, dentro do nosso coração, para podermos imaginar estas proporções. Observemos nossa conduta doutrinária, nossos carmas, nossas dificuldades e nosso comportamento. 

Quando as coisas estiverem nos machucando, procuremos sentar em nosso lugar, na nossa individualidade, e mentalizemos tudo o que de grande existe dentro de nós. Logo, veremos que tudo o mais se tornará muito pequeno e desprezível. Procuremos estar, sempre, conscientes dos caminhos que estamos percorrendo e que ainda iremos percorrer. 

Se nós pensarmos em nossa dificuldades, iremos desenvolver, automaticamente, nossa capacidade de tolerância, nossa capacidade de humildade, e acontecerá tanta coisa grandiosa que o nosso orgulho desaparecerá. Com estas informações, esperamos ter dado um sentido mais positivo da realidade do que iremos falar daqui para adiante. 

Vamos penetrar nas técnicas, vamos saber o que os Harpásios, Sivans, etc. irão fazer, de acordo com aquilo que cada um acumulou, de acordo com as características de sua escolha através dos tempos, de acordo com as definições que fizermos de nós mesmos. Tudo está ao nosso alcance. Tudo está se realizando, dependendo da maneira como recebemos as coisas que nos foram ensinadas, da nossa conduta doutrinária e do equilíbrio do nosso Sol Interior. É preciso, apenas, aprender a fazer uso dos meios colocados à nossa disposição. 

Salve Deus!
 

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