domingo, 15 de dezembro de 2019

AFRICANISMO




Há milênios, um grupo de Grandes Iniciados se reuniu, na África, formando um centro emissor de luz, de energias fantásticas, que eram emitidas para diversos pontos da Terra - o Oráculo de Ariano, que significa Raízes do Céu. Mas a vaidade tomou conta deles, e os sacerdotes se acharam tão evoluídos e poderosos que foram se afastando de Deus. Com a decadência, a Raiz que alimentava aquele povo foi recolhida pela Espiritualidade Maior. Tendo sido recolhida a chave mestra, uma porta foi fechada e outra velada. Isso quer dizer que restou apenas uma esperança, já que uma porta velada pela Espiritualidade jamais será reaberta. As forças manipuladas pelos sacerdotes já não eram originárias daquela Raiz, e isso gerou o feiticismo, grande perigo do saber demais sem a assistência da Espiritualidade Maior.  


As grandes luminosidades foram veladas, a porta se fechou, e todo aquele antigo esplendor se perdeu, passando eles a manipular forças nativas neutras em simples correntes magnéticas. Surgiram, então, grandes linhas religiosas como o Candomblé, a Umbanda e o feiticismo, com manipulação de forças das trevas, em seitas distantes da estrada do Amor, com incorporações e manipulações de energias usadas indistintamente para o Bem e para o Mal, misturadas, que até hoje causam o quadro de dores e sofrimentos nos espíritos reencarnados na África.
Naquela época, os Grandes Iniciados retiraram toda aquela poderosa energia, e um Iniciado, chamado Cisman de Irishin, presidiu toda aquela eclosão e formou um Oráculo, isolando-o dos homens mergulhados no fanatismo, nos fetiches e nas macumbas. Fechada aquela Luminosidade na África, os homens ficaram entregues a si mesmos. Destruições, dores, ruínas, violência, e os povos africanos passaram a sofrer as grandes conquistas dos europeus, passando dolorosos períodos da mais torpe colonização. A todo esse drama, acrescentou-se, no cumprimento do pesado carma, a captura de africanos para serem vendidos como escravos no Novo Mundo, a América.
Para o Brasil, vieram, na maioria, Sudaneses e Bantos, portando suas doutrinas e sendo obrigados, pela força da Igreja Católica Romana, que dominava Portugal e suas colônias, a fazerem o que se chamou o sincretismo religioso, misturando práticas africanas com rituais católicos. Isso causou dispersão dos princípios do Africanismo, pois, misturando-se em camadas mais pobres e sem cultura, nasceram numerosas seitas e derivações deturpadas das raízes africanas. A grande missão, todavia, estava com espíritos - os Enoques - que pertenciam à nação Nagô.
Aqui queremos ressaltar a grande diferença entre o Espiritismo e a Doutrina do Amanhecer. Enquanto para o Kardecismo o Africanismo significa apenas a mistura das linhas e das seitas de origem africana, não acatando a figura do Preto Velho, para nós, Jaguares, Africanismo representa a origem de uma de nossas grandes linhas, e os Pretos Velhos são roupagens dos Grandes Espíritos que, na simplicidade e no amor, nos ajudam em nossos trabalhos e em nossas vidas, ensinando, curando e amparando todos que se entregam, com dedicação, à Lei do Auxílio.
Nossos queridos Pretos Velhos são, essencialmente, AMOR! Obedecendo ao Plano Espiritual, aqueles espíritos de Jaguares - agora Enoques e Nagôs - que já tinham sido Equitumans e Tumuchys, foram trazidos para o Brasil, a fim de que, com a escravidão, pudessem enfrentar uma Grande Prova para resgatar seus atos transcendentais, vivendo e sofrendo a ação opressora de muitos outros Jaguares - Senhores de Engenho, Nobres e Sinhazinhas. Para os espíritos missionários, endividados, orgulhosos e perdidos em descaminhos da consciência, a escravidão tinha o mais profundo sentido iniciático: não podendo impor as exigências do corpo físico e de sua alma, o escravo era obrigado a ceder às exigências do espírito, matando ou eliminando sua personalidade para dar vazão à sua individualidade.
Nesse período de escravatura, de mais de trezentos anos, um grupo de escravos lançou as bases da etapa final da Escola do Caminho, criando as raízes da religiosidade brasileira com base no Africanismo, em busca das condições que permitiriam a reabertura da porta fechada, do Oráculo de Ariano. Desse grupo destacam-se dois espíritos de elevada hierarquia, Pai João e Pai Zé Pedro - a Lei e a Alta Magia -  dois missionários que tiveram duas reencarnações no período colonial brasileiro, liderando aqueles espíritos que, no Angical e na Cachoeira dos Jaguares, viveriam o princípio dessa força luminosa - a Corrente do Astral Africano no Brasil, que hoje tanto nos assiste em nossa Doutrina.
O médium de incorporação, que sempre existiu sob uma força nativa, recebeu, dentro do Africanismo, uma nova forma: sua força, com a consagração de Nossa Senhora Apará - Nossa Senhora da Conceição - teve a transformação para uma força crística extraordinária, agindo em seu plexo iniciado, com muito maior responsabilidade por ser instrumento da Voz Direta. Koatay 108, em sua missão de unificar as bases energéticas para formar a Raiz do Amanhecer, puxou a energia dos Pretos Velhos, reuniu os Aparás e fez o Doutrinador, coroando de êxito tudo o quanto nos foi legado pelo Africanismo.
Segundo Tia Neiva, “era um sacerdócio poderoso, onde o Homem se concentrava, salientando felicidade, moderação e equilíbrio perante os momentos menos felizes dos outros. Hoje nós somos os espíritos luminosos no meio desta confusão, como o foram os Nagôs e os Enoques, que trouxeram essa força para o Brasil. Hoje, nós estamos vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos, até agora, como houve esta grande explosão, como se fechou esta fase da força do Céu e da Terra e como esta Luz foi transportada para cá, parcialmente, o que permitiu o nascimento do Doutrinador e do Apará.”  
E a Doutrina do Amanhecer, dentro de seu dinamismo, tem muitos aspectos interessantes, porque nos ensinam o fantástico leque de forças de que dispomos, como, por exemplo, a ação na Cura dessa grandeza que nos chegou da África, explicada por Tia Neiva: “quando o Anjo Ismael decidiu que o Brasil seria a Pátria do Evangelho, vendo a chegada do Africanismo, convocou os cientistas alemães, promovendo sua sublimação e proibindo o curandeirismo. Estabeleceu-se que os médicos de curas desobsessivas baixariam nos aparelhos mediúnicos, enquanto os médicos de curas físicas terrestres atuariam nos médicos profissionais encarnados na Terra.”

·     “A Cabala a que deram o nome de Ariano, que quer dizer Raízes do Céu. Desconhecida, com a volta, em 1700, de Pai Zé Pedro e Pai João, perdeu o seu real significado, agora chamada LINHA MATER. Desde a chegada de Cisman de Irishin, quando tudo foi ocultado, somente as raças africanas, por seus sacerdotes, guardaram sua origem e seus valores, até que se formou a grande BARREIRA para individualizar o Apará na força de Olorum e o Doutrinador na força de Tapir, força predominante no Reino Central. (...) Temos que patentear os conceitos africanos porque, para seguir as Linhas honestamente, é preciso conhecer, fundamentalmente, as Linhas da Ciência do Amanhecer.” (Tia Neiva, 7.9.77)

fonte: observações tumarã

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