sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

MEMÓRIA



A memória é a capacidade que temos para reter tudo aquilo por que passamos, conservando os conteúdos de nossas vivências além do aqui e agora, e que podem ser atualizados e aplicados nos momentos oportunos.
A memória existe em tudo que nos cerca. Todos os seres, animados ou inanimados, retêm uma certa quantidade de energia que se acumula e se distribui de forma ordenada, constituindo-se em um registro indelével e permanente que pode, tempos depois, reproduzir o fato que a gerou.
Pedras, estatuetas, plantas, sons e odores, tudo está impregnado pelas vibrações de suas memórias, da força que agiu e gravou as informações de fatos ocorridos em eras distantes.
Não se pode precisar um ponto único como centralizador da memória, porque ela depende de todos os canais energéticos do ser, que tem, em cada célula, um memorizador compactado, de acordo com a complexidade de sua formação.

No Homem, a maior parte dos registros se faz no cérebro, e ali estão os principais conjuntos de memória.
Existem as memórias que foram apagadas no sono cultural (*), mas que não foram destruídas, permanecendo em regiões do cérebro que podem ser ativadas, quando necessário alertar, no presente, casos que têm íntima relação com encarnações anteriores. Isso é usado na Terapia de Vidas Passadas (TVP), onde se aplica a técnica de reavivar experiências arquivadas nessas regiões de memórias preservadas e não conscientes.
Considerada como tendo sua sede no cérebro, a memória  tem sido objeto do estudo de cientistas e místicos, que buscam identificar como e onde se fazem as gravações do que é retido na memória.
Hoje, é feita uma divisão compreendendo dois tipos de memória:
1) a factual, capaz de aprender informações explícitas (nomes, palavras, datas e fatos históricos, por exemplo), sendo a de longo prazo o grande arquivo onde depositamos os nossos conhecimentos e a de curto prazo aquela onde guardamos informações que estão sendo processadas no momento, que parecem se apagar após utilizadas; e
2) a hábil, que está ligada à aquisição prática, repetitiva, de nossos atos cotidianos ou aprendizado de técnicas específicas, que vão formando, de forma inconsciente, o acervo de nossa memória.
É interessante o resultado de pesquisas neurológicas, esclarecendo que existem as diferentes regiões do cérebro em que as memórias são armazenadas: no hemisfério direito, o cérebro é responsável pela memória visual e pelas relações estéticas; no lado esquerdo, o cérebro é analítico, guardando o sistema de informações recebidas pelo aprendizado e a lógica e a solução de problemas. Os dois hemisférios cerebrais, comunicados pelo corpo caloso, analisam e trocam informações antes de processarem suas gravações.
Independente da consciência, a memória tem grande influência em nossa vida, orientando nossas percepções e sentimentos. Quando a memória se entrelaça com o consciente, temos a recordação.
Tem a memória quatro aspectos:
1)  FIXAÇÃO - que pode ser espontânea ou voluntária, feita pela repetição ou pela vontade, pela motivação, pelo interesse ou pelo desejo da fixação dos fatos;
2) CONSERVAÇÃO - que é praticamente infinita, mas pode ser influenciada pelo uso das informações ou sua substituição por outras, mais práticas ou mais novas, ocasionando o esquecimento por fatores psicológicos (esquecemos o que nos perturba,  o que parece ter sido ultrapassado ou o que pouco usamos) ou patológicos (necrose das células do cérebro por traumatismos, lesões e intoxicações por drogas e pelo álcool);
3) EVOCAÇÃO - natural e espontânea, lembranças evocadas por associações (nomes, lugares, semelhanças, músicas, odores, etc.); e
         4) RECONHECIMENTO - a experiência, a vivência de situações anteriores que se ligam à nossa realidade atual, cuja ligação se faz por sentimentos e fatos que se ligam, de forma emotiva, ao nosso passado.

(*) Quando se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia, ainda no plano etérico, seu sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.

FONTE: OBSERVAÇÕES TUMARÃ

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