A memória é a capacidade que temos para reter tudo aquilo
por que passamos, conservando os conteúdos de nossas vivências além do aqui e
agora, e que podem ser atualizados e aplicados nos momentos oportunos.
A memória existe em tudo que nos cerca.
Todos os seres, animados ou inanimados, retêm uma certa quantidade de energia
que se acumula e se distribui de forma ordenada, constituindo-se em um registro
indelével e permanente que pode, tempos depois, reproduzir o fato que a gerou.
Pedras, estatuetas, plantas, sons e
odores, tudo está impregnado pelas vibrações de suas memórias, da força que
agiu e gravou as informações de fatos ocorridos em eras distantes.
Não se pode precisar um ponto único
como centralizador da memória, porque ela depende de todos os canais
energéticos do ser, que tem, em cada célula, um memorizador compactado, de
acordo com a complexidade de sua formação.
No Homem, a maior parte dos registros
se faz no cérebro, e ali estão os principais conjuntos de memória.
Existem as memórias que foram apagadas
no sono cultural (*), mas que não foram destruídas, permanecendo em regiões do
cérebro que podem ser ativadas, quando necessário alertar, no presente, casos
que têm íntima relação com encarnações anteriores. Isso é usado na Terapia de
Vidas Passadas (TVP), onde se aplica a técnica de reavivar experiências
arquivadas nessas regiões de memórias preservadas e não conscientes.
Considerada como tendo sua sede no
cérebro, a memória tem sido objeto do
estudo de cientistas e místicos, que buscam identificar como e onde se fazem as
gravações do que é retido na memória.
Hoje, é feita uma divisão compreendendo
dois tipos de memória:
1) a factual, capaz de aprender informações explícitas (nomes, palavras,
datas e fatos históricos, por exemplo), sendo a de longo prazo o grande arquivo
onde depositamos os nossos conhecimentos e a de curto prazo aquela onde
guardamos informações que estão sendo processadas no momento, que parecem se
apagar após utilizadas; e
2) a hábil, que está ligada à aquisição prática, repetitiva, de nossos
atos cotidianos ou aprendizado de técnicas específicas, que vão formando, de
forma inconsciente, o acervo de nossa memória.
É interessante o resultado de pesquisas
neurológicas, esclarecendo que existem as diferentes regiões do cérebro em que
as memórias são armazenadas: no hemisfério direito, o cérebro é responsável
pela memória visual e pelas relações estéticas; no lado esquerdo, o cérebro é
analítico, guardando o sistema de informações recebidas pelo aprendizado e a
lógica e a solução de problemas. Os dois hemisférios cerebrais, comunicados
pelo corpo caloso, analisam e trocam informações antes de processarem suas
gravações.
Independente da consciência, a memória
tem grande influência em nossa vida, orientando nossas percepções e
sentimentos. Quando a memória se entrelaça com o consciente, temos a
recordação.
Tem a memória quatro aspectos:
1) FIXAÇÃO - que pode ser espontânea ou
voluntária, feita pela repetição ou pela vontade, pela motivação, pelo
interesse ou pelo desejo da fixação dos fatos;
2) CONSERVAÇÃO
- que é praticamente infinita, mas pode ser influenciada pelo uso das
informações ou sua substituição por outras, mais práticas ou mais novas,
ocasionando o esquecimento por fatores psicológicos (esquecemos o que nos
perturba, o que parece ter sido
ultrapassado ou o que pouco usamos) ou patológicos (necrose das células do
cérebro por traumatismos, lesões e intoxicações por drogas e pelo álcool);
3) EVOCAÇÃO
- natural e espontânea, lembranças evocadas por associações (nomes, lugares,
semelhanças, músicas, odores, etc.); e
4) RECONHECIMENTO - a experiência, a
vivência de situações anteriores que se ligam à nossa realidade atual, cuja
ligação se faz por sentimentos e fatos que se ligam, de forma emotiva, ao nosso
passado.
(*) Quando
se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia, ainda no plano
etérico, seu sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se
apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando ele vai
despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É
colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado
perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando
por ter uma herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de
uma encarnação.
FONTE: OBSERVAÇÕES TUMARÃ
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