Em livro psicografado por Chico Xavier - “A
Caminho da Luz”, Emmanuel nos conta que existe, no Universo, formada por Deus,
uma Comunidade de Espíritos Puros, que dirige a Vida de todos os planos, por
todos os lugares, e à qual pertence o espírito de Jesus. Essa Comunidade
reuniu-se nas proximidades da Terra somente em duas ocasiões: “A primeira
verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de
que se lançassem, no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico
e pródomos da vida na matéria em ignição do planeta; e a segunda, quando se
decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição
imortal do seu Evangelho de amor e redenção”.
Na Doutrina, aprendemos que quando a evolução da Terra se mostrou totalmente desviada da meta civilizatória proposta pelos Equitumans, Tumuchys e Jaguares, culminando nos últimos cinco mil anos antes do nascimento do Cristo com uma onda de barbarismo e crueldade, o Grande Orixá, Mestre dos Mestres, atendeu aos clamores dos missionários que, isolados e perseguidos, pediam a presença de Deus na Terra, e decidiu vir pessoalmente como o Salvador, o Messias, materializando o seu fluido cósmico - o plasma divino. Nasceu Jesus! Em Hebreu, Jesus (Jehoshuá) quer dizer “Deus é a Salvação”, e esse foi o nome que, segundo o Antigo Testamento, Deus escolheu para o seu Filho, sendo anunciado pelo anjo a Maria, que seria sua Mãe. A Jesus foi concedido o título Cristo, título concedido apenas àqueles Grandes Espíritos que têm marcante missão na Terra.
Na Doutrina, aprendemos que quando a evolução da Terra se mostrou totalmente desviada da meta civilizatória proposta pelos Equitumans, Tumuchys e Jaguares, culminando nos últimos cinco mil anos antes do nascimento do Cristo com uma onda de barbarismo e crueldade, o Grande Orixá, Mestre dos Mestres, atendeu aos clamores dos missionários que, isolados e perseguidos, pediam a presença de Deus na Terra, e decidiu vir pessoalmente como o Salvador, o Messias, materializando o seu fluido cósmico - o plasma divino. Nasceu Jesus! Em Hebreu, Jesus (Jehoshuá) quer dizer “Deus é a Salvação”, e esse foi o nome que, segundo o Antigo Testamento, Deus escolheu para o seu Filho, sendo anunciado pelo anjo a Maria, que seria sua Mãe. A Jesus foi concedido o título Cristo, título concedido apenas àqueles Grandes Espíritos que têm marcante missão na Terra.
Em Mateus (XVI, 13 a 17) nos é relatado: “E veio Jesus para as partes de Cesaréia de Filipe e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? E eles responderam: Dizem uns que é João Batista, outros que é Elias, e outros que é Jeremias ou algum dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo!” Fora da Bíblia, registram-se apenas quatro obras contemporâneas de Jesus, em que é citado como “Jesus, que se chamou Cristo” (Flavio Josefo) e como “Cristo” (Suetônio, Tácito e Plínio, o Jovem). Jesus não foi Deus, mas, sim, a reencarnação de um Grande Mestre, com a missão de alertar os espíritos da época e do futuro da Terra. Existem questionamentos sobre o tempo em que Jesus nasceu, pois, pelo levantamento de pesquisadores e historiadores, tudo indica que Herodes teria morrido em Jericó, no ano 4 A.C.; este rei teria recebido os Magos do Oriente, quando Jesus tinha cerca de um ano, e ordenara a morte das crianças de até dois anos. Por outro lado, pelas previsões astrológicas, o Messias nasceria no momento em que se desse a conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, o que aconteceu no ano 7 A.C. Embora seja irrelevante essa discussão, o fato importante é que Jesus nasceu na Terra, para a maior e fantástica missão de mudar toda a Humanidade. Naquela época, a Palestina estava subjugada ao poder Romano. Mas possuía uma estrutura social, dominada pelo procurador romano Pôncio Pilatos, tendo o rei Herodes Antipas, como sumo sacerdote do Templo de Jerusalém, Caifás, poderoso em sua influência no governo, que se apoiava no Sinédrio, conselho de 71 membros formado por altos sacerdotes, anciãos de famílias ilustres e doutores da Lei; o extrato social mais importante era o da elite sacerdotal e dos grandes proprietários de terras - os Saduceus; em seguida, vinham os fariseus, elementos do baixo clero, artesãos e pequenos comerciantes. Jesus era esperado como um líder da revolução que iria expulsar os romanos pela força das armas, movimento que era feito pelos zelotas, grupo de fariseus que organizava ataques de guerrilhas aos romanos. Em lugar da luta armada, Jesus deu início a mais perfeita organização que a Terra já teve. Naves gigantescas abriram, na densa matéria que envolvia o planeta, caminhos para o Céu, e foram estabelecidas as Casas Transitórias, plataformas espaciais onde passaram a ser recolhidos e tratados os espíritos que começavam a se libertar do jugo físico e da prisão etérica. No plano físico, missionários encarnados se organizaram em sistemas mediúnicos que propiciavam condições de manifestação, doutrinação e libertação dos espíritos sofredores, dando início à Escola de Jesus, cuja ação vem sendo ampliada até nossos dias, enfrentando perseguições, deturpações e incompreensões, mas caminhando firme para que o espírito retome sua posição na Terra, em luta contínua e sem trégua. Na verdade, Jesus poderia simplesmente ter se materializado, já como adulto, e fazer a pregação da Palavra de Deus. Todavia, por saber que isso iria determinar total falta de entendimento pela Humanidade, Ele seguiu o caminho dos simples mortais, materializando-se como um feto no útero de Maria, outro Espírito Iluminado que veio com a missão de gerar o Filho de Deus, o que levou à figura da gestante virgem, uma gravidez sem a participação física da inseminação. Jesus é o exemplo do Amor e da Virtude, do Missionário liberto dos inconvenientes e das paixões do Homem encarnado. Toda a Sua trajetória na Terra foi marcada pelos exemplos simples, mas surpreendentes, da alteração de padrões vibratórios, transformando água em vinho, multiplicando pães e peixes, curando enfermos, agindo sempre em nome do Amor. Até mesmo Sua paixão e morte, no plano físico, agiram como catalisadores das emoções e sentimentos da Humanidade, reforçando as bases de sua Doutrina no coração dos Homens. Na Doutrina do Amanhecer aceitamos e respeitamos toda a História de Jesus relatada pelos Evangelistas e na qual se baseia a Igreja, mas para nós Jesus é o Caminheiro, aquele que está sempre presente, junto a nós, indicando-nos a Nova Estrada, nos ajudando e nos protegendo em nosso aprendizado na Escola do Caminho, permitindo nosso trabalho para auxiliar nossos irmãos desencarnados que estão sendo assistidos nas Casas Transitórias que estabeleceu. Quando esteve entre os Essênios, pelos quais recebeu sua primeira Iniciação, e nos Himalaias, onde permaneceu no período de 12 aos 30 anos, Jesus já era reconhecido como o Filho de Deus, enviado para sofrer e dar o exemplo de tolerância, humildade e amor a todos os que conviveram com Ele e àqueles que viriam depois, através dos séculos. Jesus de Nazareth nos fez entender melhor os desígnios de Deus através da narrativas dos quatro Evangelistas, aceitas como confiáveis, e pelos fenômenos que até hoje vivenciamos, oriundos dos ensinamentos trazidos pelos Planos Espirituais, pelos Espíritos Iluminados que nos proporcionam a evolução pelo conhecimento do Universo. Jesus nos afirma, em João (XIV, 6): “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” O CAMINHO, a Nova Estrada, pelo que nos ensinou e exemplificou, nos mostrando uma lei moral que nos guia no progresso espiritual; a VERDADE revelada pelos conhecimentos das leis de Deus; e a VIDA, porque com Jesus, vivendo dentro da conduta doutrinária, exercendo nossa capacidade de manipular as forças que nos chegam dos Planos Superiores, estaremos livres da morte espiritual, à qual são conduzidos os que se deixam cair no atraso evolutivo, na ignorância e nas imperfeições dos que se apegam aos bens materiais. Assim, na Doutrina do Amanhecer, colocamos em prática o sistema da Escola Iniciática - a Escola do Caminho - estabelecida por Jesus para evoluir a Humanidade. Não temos como definir Deus, nem podemos dizer que ele gosta ou aprova isso ou aquilo. Por isso, toda a Doutrina do Amanhecer foi construída sobre os ensinamentos de Jesus. Em João (III, 16 a 21) nos foi dito: “Porquanto Deus amou tanto o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não será condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus. E esta é a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a verdade chega-se à Luz para que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.” Em Mateus (XXVIII, 16 a 20) nos é relatado o encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos: “Os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E chegando-se Jesus, falou-lhes: É-me dado todo o poder no Céu e na Terra! Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” Pela grandeza da obra de Jesus, não caberiam aqui senão essas pequenas observações, sendo a verdadeira fonte os Evangelhos. Um grupo de pesquisadores busca precisar as datas do nascimento e morte de Jesus. Há astrólogos que, pelo cálculo baseado na Precessão dos Equinócios, consideram que Jesus morreu no dia 7 de abril do ano 30 D.C., sexta-feira anterior à Páscoa Judaica, entre 14 e 16 horas (Hora Nona). Por técnicas astrológicas, calcularam uma conjunção de astros e localizaram o ponto sobre o qual se deu essa conjunção: Belém, em Israel, às 6 horas do dia 1º de março do ano 6 A.C. Outros pesquisadores, com base nas descobertas de antigas anotações oficiais das autoridades judaicas, estabeleceram, em função do ano da fundação de Roma (753 AC) e da morte de Herodes Antipas, que Jesus nasceu em 25 de fevereiro do ano 747 da fundação de Roma, foi condenado no dia 25 de março do ano de 785, tendo morrido na cruz sete dias depois, em 1º de abril. A data mundial, 25 de dezembro, foi estabelecida pela Igreja Católica Romana, como um dogma, pelo diácono Dionísio, considerando Jesus o Sol que nascia na constelação de Virgem. Transcrevo, após trechos de carta de Koatay 108, pequenos trabalhos, dos milhares inspirados em Jesus de Nazareth, cujos autores desconheço, mas que exemplificam a ideia que temos do Caminheiro:
“Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o Nazareno; quero Jesus
redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus
crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao
lado do bom ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus
por ter sido crucificado, e muitos já querem, também, se libertar do Jesus
crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico. Não é verdade: Jesus passou
por todas as dores do Homem físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus
crucificado porque poucos entendem, poucos sabem de Sua dor! Sabemos que Ele
olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém,
olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos
inferiores, a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou
porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na individualidade, viu que eles
ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o Messias, obedecendo às leis de
Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam permitido tudo,
pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico. Entramos com a
filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não
raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava,
sim, como se fosse uma falta de força. Continuando com a filosofia de Mãe Yara,
até hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O Homem só tem confiança no
outro quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o poder de Jesus
e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra
força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que seu
sexto sentido faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua
natureza, rejeitando, na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo
aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse por si mesmo, em sua
própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus, no Seu
amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio para nos mostrar
que a felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de
provações, num mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram
novos pensamentos, novas lições. Porém, os planos espirituais ainda não
conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado. Aqui no plano físico, desde
quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje,
ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e receptível.
Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito
vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu
olhar... Estamos no limiar do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas garras!
É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos esquecer, por
um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho. E
para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os
sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a
religião exige o bom propósito moral e social. Assim, a única maneira que
podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se encontram. No descortinar
da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano
de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João
não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse,
desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira. Em 1958,
eu estava no auge de minhas alucinações, como diziam as demais pessoas que me
conheciam. Quando eu trabalhava na NOVACAP, um dia me sentei num restaurante,
porque me distanciara de casa. Estava conversando com três colegas e falávamos
sobre nosso trabalho. Entramos no Maracangalha, um restaurante da Cidade Livre.
Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal muito bonitos. E era sexta-feira da
Paixão! Eu tinha os princípios da Igreja Católica, mas nada levei em consideração
e coloquei o bife no prato. Naquele instante (na vibração e na desarmonia em
que eu vivia), ouvi uns estampidos e vi Mãe Yara. “Filha - disse Ela -
continuas como eras... Já estás tão desajustada que esqueces dos princípios da
Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te! Cuida dos teus sentimentos. O dia
de hoje representa, em todos os planos, os mesmos sentimentos por Jesus
crucificado. Em todos os planos deste Universo que nos é conhecido sentimos
respeito! Filha, está na hora: devolva o teu bife para a travessa do
restaurante!” Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse, e vi que
não comiam a carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a
loucura... “Coma amanhã - continuou Mãe Yara -. Não irás mais festejar as incompreensões,
as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas!...” Naquele instante
comecei a pensar. Começaram a passar por minha cabeça imagens de Judas, que
vendeu Jesus por trinta dinheiros. Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos,
continuava: “Judas não foi um traidor. Foi, sim, um supersticioso. Na sua
incompreensão, acreditou ser Jesus um líder político. Judas tivera grandes
oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava desde sua chegada do
Tibet.” Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus
passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a permissão
de Maria e José, Seus pais. Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões em Deus
Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos como Sistema Crístico, os mundos
etéricos. De lá Ele voltaria para o início da Sua tarefa doutrinária
evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem
pescadores de almas, e que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre
os escolhidos. Junto a Jesus, Judas sofreu humilhações nas sinagogas, quando os
rabinos voltaram as costas para ele... Enfim, quantas lições recebidas,
fenômenos testemunhados!... Mas só os pobres e os miseráveis O conheciam,
analisava Judas em sua incompreensão, já cansado das perseguições naquela
época, e pensando que, ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que O
perseguiam, Jesus, com um simples olhar, colocaria por terra toda aquela gente.
Pensava, assim, forçá-Lo a usar os Seus poderes e ser, realmente, o rei do
mundo. Lembrou-se, também, de quando foram convidados por Jesus para O
acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e o Amado Mestre, atirando a
rede sobre as águas, a trouxe cheia de peixes. Enfim, Judas não acreditaria que
o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim. O
que viu foi Jesus ser amarrado e, a pontapés, ser levado à presença de Pôncio
Pilatos... Não foi remorso. Foi um grande arrependimento, uma grande dor por
não haver compreendido a grande missão de Jesus que o levou, chorando,
pensando, a enforcar-se numa figueira. Formou-se um temporal, o céu escureceu,
como escureceu sua própria alma. Por que vamos rir, festejar a sua grande
desgraça? Entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e, como se
tornou uma tradição em todos, ou quase todos sacerdócios, digo: nós não comemos
carne às quintas e sextas-feiras da Semana Santa. Nós respeitamos esses
conceitos. Eles não nos atrapalham em nossa vida evangélica. E respeitamos as
tradições da Igreja Católica, que foi a base de todas as religiões.”
(Tia Neiva, 27.4.83)
“Vejamos a rica oportunidade daqueles que viveram na mesma época
de Jesus de Nazareth, dos quais pensamos: Viveram com Jesus, na mesma era, e
não souberam evoluir? Porém, toda Jerusalém se preocupava com o grande profeta
Jesus. Sim, falava-se nas curas do grande Jesus de Nazareth nos comentários em
volta do leito de Maria, uma viúva, que tinha uma única filha, Marta. Alguém
chegou correndo e avisou: “Ele está aqui perto! Ele ressuscita os mortos!...” A
verdade é que Maria estava semimorta em seu leito. Marta chorava. Choravam
também os demais vizinhos, quando Marta num só pulo se levantou, dizendo: “Vou
chamá-Lo. Vou pedir a Jesus que venha até aqui! Dizem que ele gosta dos
humildes. Vou falar com Ele e trazê-Lo. Ele irá curar minha mãezinha!” E
jogando um manto sobre os ombros, foi em busca do Profeta. Chegando ao local, a
multidão não a deixou se aproximar. Marta pedia a Deus que Jesus pelo menos
olhasse para ela. Porém, Ele estava atendendo a milhares de pessoas, e não a
notou. Marta ficou ali triste e chorosa, com o espírito esperançoso mas, ao
mesmo tempo, triste por não ter conseguido falar com Jesus de Nazareth.
Pensava: “Se ao menos Ele me tivesse visto!... Oh, querido Profeta! Olha esta
Tua pequena serva!” Porém, nada. Jesus não volveu seu olhar para a pequena
Marta. Marta não sabia dizer por quanto tempo ficou ali parada. Já estava
escurecendo e, sem esperança, voltou para casa. De longe, viu muitas pessoas em
volta de sua casa. Era quase uma multidão. E sua mãe, que deixara sobre o leito
em estado grave, estava de pé, com os braços abertos, rindo e chorando ao mesmo
tempo, enquanto dizia: “Filha, por que não veio com Ele?” Marta perguntou:
“Ele, quem?” Maria respondeu: “Jesus de Nazareth, o Profeta. Ele me curou. Você
não o chamou?” “Sim, eu O chamei!” “E por que não veio com Ele? Ele é
maravilhoso, Ele é a esperança e o amor!...” Marta saiu do êxtase e gritou:
“Oh, minha mãezinha! O Profeta me viu e me ouviu... Deus seja louvado!” Maria
disse: “Filha, vamos aproveitá-Lo?” “Sim, mãe, vamos acompanhá-Lo!” E as duas
seguiram Jesus, juntamente com aquela multidão. Mais uma vez Jesus de Nazareth
ensinava a Vida, a verdadeira Vida, que é o Amor. Marta aprendeu a sua
filosofia e os seus ensinamentos: não era preciso ir até Jesus - o importante
era estar em paz com ela mesma, ao lado de seus irmãos. Foi um paraíso para
elas. Marta e sua mãe auxiliavam os enfermos e os leprosos a se levantar e os
conduziam à frente de Jesus e de seus apóstolos. Com Ele Marta fez sua
Iniciação, e sempre repetia: “E eu pensava que Jesus não me amava!...” Sim,
filho, Jesus ama os que precisam Dele, os fracos e todos que confiam nele”
(Tia Neiva, 18.2.82)
fonte: observações tumarã
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