Buscamos para este artigo, dedicado especialmente
ao Mestre Sol e à Ninfa Sol, Doutrinadores deste Amanhecer, um pequeno texto em
que o mestre Tumuchy, com seu conhecimento científico-doutrinário, explana
sobre a ciência do homem, apresentando aspectos pouco estudados da natureza humana,
como sua constituição trinaria comparada aos átomos. Para isso, podemos, antes
de tudo, pensar um pouco sobre esse minúsculo ente formador de toda a matéria
do universo, tanto do ser humano quanto das estrelas.
Num átomo, como sabemos, há um núcleo formado,
em síntese, por duas partículas: uma tem cargas positivas (os prótons) e a
outra não tem carga (os nêutrons). Existem ainda os elétrons — quase duas mil
vezes mais leve que o núcleo (prótons + nêutrons) — os quais giram em torno do
núcleo e têm carga negativa.
Com isso em mente, podemos nos perguntar: — Mas,
se o positivo atrai o negativo por que o elétron (negativo) não é puxado pelo
núcleo (positivo) até ficarem presos, grudados um ao outro? Seria
uma ótima pergunta. Na verdade, era uma questão que os cientistas realmente não
sabiam responder.
Somente com a evolução da Física Quântica — ramo
da ciência que estuda o que há de muitíssimo pequeno, da ordem de milhões de
vezes mais fino que um fio de cabelo, por exemplo — é que se pode responder tal
indagação. Em poucas palavras, podemos dizer que para que o elétron não desabe
sobre o núcleo é preciso que exista um mínimo de energia necessária para
permanecer naquela órbita onde se movimenta, e para passar para uma órbita
maior necessitará de outra quantidade extremamente precisa de energia. De forma
diferente, é preciso mais vibração. Quanto mais vibra o elétron, maior sua
órbita, mais distante do núcleo ele pode estar, em consequência, mais livre, e
mais energia ele terá.
Pensemos na trajetória do homem no plano espiritual,
das camadas vibracionais que busca alcançar através do trabalho, da passagem
cármica pela Terra, da energia que vai acumulando com seus bônus-hora obtidos
na lei do auxílio, a energia que acumula com seus estudos e conhecimento, e
assim, adquirindo o merecimento necessário para a transição entre planos vibracionais.
O átomo, neste sentido, parece-nos mais uma pequena evidência de que o micro se
espelha no macro — vice-versa — e que conhecendo um, conheceremos melhor o
outro. Com efeito: “assim na Terra como nos círculos espirituais”.
A idéia de que o homem é parte da natureza e entendendo-a
melhor entenderemos a nós mesmos é uma conclusão que podemos tirar de textos do
mestre Mário Sassi, onde, em muitos deles o mestre Tumuchy compara o homem e a
mulher, o médium, a elementos da natureza. Transcrevemos abaixo parte de um destes
textos (1) onde são usados,
por exemplo, termos químicos como cátions e ânions referentes, também, às
cargas positivas e negativas dos átomos.
“A Doutrina do Amanhecer é, apenas, a
Doutrina de Jesus adequada aos tempos atuais. Como resultante dessa
atualização, ela forma nova perspectiva, uma visão mais objetiva da realidade
humana. Para o caro leitor e eventual visitante do Vale do Amanhecer, é importante
ter isso em mira, se quiser realmente conhecer o Vale.
O conceito trinário do Homem – corpo, alma e espírito
– abre automaticamente, para a Ciência, uma nova possibilidade de interpretação
correta dos fenômenos psicológicos. Na verdade, esse conceito é transmitido aos
médiuns de forma mais técnica, mais científica do que a Doutrina apresentada ao
visitante ou ao corpo mediúnico em massa.
A vida humana é controlada pelos chamados centros
coronários, que se localizam na região do tronco e no plexo solar. Também
chamado de sistema coronário, esse núcleo de comando da vida é organizado pelo
sistema universal do átomo, tomado nos seus aspectos básicos de três
partículas: o ÂNION, o NÊUTRON e o CÁTION (2).
O perispírito é o espírito revestido de
energia adequada à sua permanência na Terra.
A alma é o microcosmo, ou seja, o princípio
ativo coordenador, modelador, redutor, que determina o “estar” do espírito na
situação de encarnado. É ela que modifica o estado de “ser” do espírito para a
situação de “estar” desse mesmo espírito. Ela é a barreira entre os vários
planos vibratórios do SER e que mantém esse SER na posição planejada, que
busca, pesquisa, informa e fornece elementos de decisão para o EU, ao mesmo tempo
em que estabelece os limites da movimentação do ser humano.
É por isso que o centro coronário da alma é portador
dos sentidos, da mente, do mecanismo da razão e tem, como base, o sistema
nervoso.
O centro coronário do corpo é o mundo da
energia condensada, o controlador do quantum físico, o plano da matéria. É ele
que determina a Lei Física e regula os aspectos quantitativos e qualitativos da
organização celular.
Há, portanto, uma lei do espírito e uma lei
do corpo, mas é a alma que determina a Lei do Homem. Homem é sinônimo de
espírito encarnado.
O espírito-íon, ou o espírito ionizado, ou,
ainda, o perispírito, age no campo da influência controlado pela alma-nêutron
ou alma neutronizadora. O centro coronário espiritual exerce sua ação limitada
pelo centro coronário anímico.
O mesmo acontece com o corpo-cátion ou centro
coronário físico, que atende às exigências do centro coronário nêutron ou
centro coronário da alma.
O Homem equilibrado é o que tem seus três centros
coronários em harmonia, ou seja, que recebe a proporção exata de influência de
cada um dos dois outros centros coronários – do espírito e do corpo – nos
limites estabelecidos pelo centro coronário da alma, ou seja, do nêutron”.
Para trazer ao foco, também, o homem
cientista, referimo-nos fortemente aos doutrinadores e doutrinadoras,
transcrevemos, ainda, parte de um texto de Pietro Ubaldi, pessoa a qual o
mestre Mario Sassi frequentemente fazia referencia, e neste, Ubaldi coloca sua
visão sobre o “novo” cientista, aquele que deve usar o amor e forte intuição em
sua pesquisa, para que haja avanço. Apesar de o texto parecer de tom profético,
verificamos experimentalmente no Vale do Amanhecer o cientista com as características
as quais se referiu no texto escrito na década de 70.
“Para avançar ainda, [faz referencia aos
estudos, muitas vezes, “superficiais” dos cientistas] é preciso despertar, educar,
desenvolver uma faculdade mais profunda: a intuição. Aqui entram em função
elementos complementares novos para vós. Algum cientista jamais pensou que,
para compreender um fenômeno, fosse indispensável a própria purificação moral?
Partindo da negação e da dúvida, a ciência colocou a priori uma barreira
intransponível entre o espírito do observador e o fenômeno. O eu que observa
permanece sempre intimamente estranho ao fenômeno, atingido apenas pela estrada
estreita dos sentidos. Jamais o cientista abriu sua alma, para que o mistério
encarasse o próprio mistério e se comunicassem e se compreendessem. O cientista
jamais pensou que é preciso amar o fenômeno, tornar-se o fenômeno observado,
vivê-lo; é indispensável transportar o próprio Eu, com sua sensibilidade, até o
centro do fenômeno, não apenas com uma comunhão, mas com uma verdadeira transfusão
de alma”.
Estes pensamentos acima de Pietro Ubaldi
ressoam com os de Tia Neiva e Mario Sassi como verificamos nas frases
seguintes:
“Essa atitude científica [refere-se ao homem
que predomina a razão sobre o sofrimento] é que faz com que os médiuns do Vale
sejam considerados cientistas espirituais. Isso se tornou possível graças à
criação, pela Clarividente Neiva, da figura do Doutrinador”. Mário Sassi.
“Ser um doutrinador, é ser um profundo conhecedor,
até ser um cientista. Sim, cientista é ter conhecimento das coisas, dos fatos e
dos fenômenos em si mesmo, em sua natureza e em suas origens. Analisa e expõe à
sua origem da evolução humana: a criação das matérias, o significado dos átomos
e células; a formação dos seres, a força psíquica proporcionalmente”
(Tia Neiva).
Deixamos à interpretação dos textos
transcritos a cargo do leitor e apenas lembramos que, seja da matéria, ou dos
planos espirituais tudo é natureza, tudo vem Deus Pai Todo Poderoso e nos
ciclos observados por nós, a todo tempo, encontramos respostas diante de nossa relação
com nossos mentores com nosso padrão vibratório e com nossa razão. Salve Deus.
Nota:
1. Texto do livro "O que é o Vale do
Amanhecer". A trecho escolhido foi transcrito integralmente, portanto, sem a
retirada das referencias ao leitor.
2. Nos termos da Química, um átomo neutro é aquele
que tem a mesma quantidade de cargas positiva (prótons) e negativas (elétrons).
Se ganha ou perde elétrons se torna um íon. Este pode ser um cátion se perdeu
(portanto está mais positivo que negativo) ou um ânion se ganhou elétrons
(assim, está mais negativo que positivo).
fonte: jornal do jaguar
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