Na tradição africana, “Òrìsànlá” ou
“Obàtálá”, “O Grande Òrìsà” ou “O Rei do Pano Branco” para os iorubás - que
constituem o segundo maior grupo étnico na Nigéria, representando 18% da população
total aproximadamente e vivem, em grande parte, no sudoeste do país; também há
comunidades de iorubás significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e
Brasil.
Criador do mundo, dos homens, animais e plantas.
Foi o primeiro orixá criado por Olodumaré e é considerado o maior de todos os
orixás. É também o mais velho, o “grande rei branco”, raíz de todos os outros
Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrà ou Òsun Oparà. É o pai de Oxalufã que, por
sua vez, é o pai de Oxaguiã. Tão grande e poderoso é o Obatalá que não se
manifesta, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade.
Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis
do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e
dos mortos, preside o nascimento, a iniciação e a morte. É o responsável pelos
defeitos físicos, ele é corcunda porque recusou-se a fazer uma oferenda de sal
numa cabaça e Èsù castigou-o pregando a cabaça nas costas, razão pela qual não
come sal, comer sal para ele constitui-se num ato de alto canibalismo. Ele deu
a palavra ao homem e durante suas festas não se fala, durante três semanas tudo
é silêncio, pois a palavra é dele. Obatalá, como também é conhecido, foi o
filho escolhido por Olorum para comandar a criação e a povoação do Aiê. Para
procriar, teve que se materializar aqui, sendo conhecido por Oxalá.
Ele é o orixá supremo do Candomblé, admirado e
respeitado por todos, senhor da paz e ministro do axé. Oxalá teve vários filhos
com Nanã e com Iemanjá (seu grande amor) e vem em duas formas mais conhecidas:
o velho (Oxalufã), com seu cajado, e o moço (Oxaguiã), com um
pilão na mão. Algumas lendas contam que ele foi a primeira criação de Olorum, designado
assim para comandar a Terra. Tido, também, como protetor da paz universal e da
união entre os seres.
No Vale do Amanhecer, Obatalá é o Ministro
que, de seu Oráculo, envia forças giradoras centrífugas e centrípetas para o Doutrinador,
a luz da razão e do entendimento, da compreensão e da confiança, e para o
cruzamento de forças no Oráculo de Agamor (oráculo que recebe e manipula as
forças dos três oráculos - de Simiromba, de Olorum e de Obatalá - e faz seu
cruzamento, resultando em um conjunto de forças especiais e de caráter
específico, destinadas a ir enfraquecendo a proteção do nêutrom, de modo a
permitir que seja feita muito lentamente a conjunção de dois planos - o visível
e o invisível - de acordo com a capacidade de controle dos fenômenos,
desenvolvida pelos Jaguares do Amanhecer).
Não tem ação fora do chacra coronário, onde
concentra toda a sua energia. Para o Apará, atua como força de equilíbrio e
proteção, projetando, em seu chacra coronário, a força protetora de seus sete
raios, conforme sua necessidade.
É a força do Sol, pura e brilhante, emanando
o equilíbrio das energias do corpo físico através da recomposição e energização
dos átomos formadores das células.
De grande poder, o Ministro Obatalá é
poderosa fonte de energia para todos os trabalhos curadores e desobsessivos na
Corrente, especialmente a Corrente Mestra, que flui da Torre de Tapir, que é um
raio de Obatalá.
O Oráculo de Obatalá é o Oráculo do Amor, é o
Grande Oriente de Oxalá, das forças regidas pelo grande Oxalá. Obatalá é um
espírito de alta hierarquia. Para seu Oráculo são conduzidos os espíritos que
precisam de ajuda: os sofredores, os doentes, aqueles que se perderam no ódio.
Para lá são encaminhados, em sua maioria, os espíritos entregues por uma
elevação do Doutrinador, que tem toda uma força cabalística.
As forças desobsessivas projetadas pelo Oráculo
de Obatalá são regidas pelo Adjunto de Jurema.
Os Jaguares, aprendendo a manipular essas forças
em conjunto com outras, vão construindo a Raiz do Amanhecer que formará o
Oráculo de Koatay 108, realizando a junção das forças da Terra - Xangô – com as
do Céu - Simiromba, manipuladas por Koatay 108.
No Oráculo de Obatalá se originam as
seguintes forças:
Correntes Brancas do Oriente Maior:
São raios ou raízes projetadas pelo Oráculo
de Obatalá e que, cruzando-se com raios do Oráculo de Olorum, agem, junto com a
Corrente Indiana do Espaço, nos diversos Sandays e trabalhos no Templo. São
apenas divididas de acordo com as finalidades de cada trabalho. Destas
correntes fazem parte as linhas dos Pretos Velhos, dos Caboclos, das Princesas,
das Sereias e dos Médicos do Espaço.
Tapir:
É um raio de Obatalá, com força nativa predominante
no Reino Central e que projeta, no Templo, a energia da Corrente Mestra,
atuando intensamente no Doutrinador.
fonte: jornal do jaguar - Luana Ferreira - Historiadora
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