terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

OBATALÁ




Na tradição africana, “Òrìsànlá” ou “Obàtálá”, “O Grande Òrìsà” ou “O Rei do Pano Branco” para os iorubás - que constituem o segundo maior grupo étnico na Nigéria, representando 18% da população total aproximadamente e vivem, em grande parte, no sudoeste do país; também há comunidades de iorubás significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil.

Criador do mundo, dos homens, animais e plantas. Foi o primeiro orixá criado por Olodumaré e é considerado o maior de todos os orixás. É também o mais velho, o “grande rei branco”, raíz de todos os outros Oxalás. Ele não é feito, faz-se Ayrà ou Òsun Oparà. É o pai de Oxalufã que, por sua vez, é o pai de Oxaguiã. Tão grande e poderoso é o Obatalá que não se manifesta, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade.


Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, preside o nascimento, a iniciação e a morte. É o responsável pelos defeitos físicos, ele é corcunda porque recusou-se a fazer uma oferenda de sal numa cabaça e Èsù castigou-o pregando a cabaça nas costas, razão pela qual não come sal, comer sal para ele constitui-se num ato de alto canibalismo. Ele deu a palavra ao homem e durante suas festas não se fala, durante três semanas tudo é silêncio, pois a palavra é dele. Obatalá, como também é conhecido, foi o filho escolhido por Olorum para comandar a criação e a povoação do Aiê. Para procriar, teve que se materializar aqui, sendo conhecido por Oxalá.

Ele é o orixá supremo do Candomblé, admirado e respeitado por todos, senhor da paz e ministro do axé. Oxalá teve vários filhos com Nanã e com Iemanjá (seu grande amor) e vem em duas formas mais conhecidas: o velho (Oxalufã), com seu cajado, e o moço (Oxaguiã), com um pilão na mão. Algumas lendas contam que ele foi a primeira criação de Olorum, designado assim para comandar a Terra. Tido, também, como protetor da paz universal e da união entre os seres.

No Vale do Amanhecer, Obatalá é o Ministro que, de seu Oráculo, envia forças giradoras centrífugas e centrípetas para o Doutrinador, a luz da razão e do entendimento, da compreensão e da confiança, e para o cruzamento de forças no Oráculo de Agamor (oráculo que recebe e manipula as forças dos três oráculos - de Simiromba, de Olorum e de Obatalá - e faz seu cruzamento, resultando em um conjunto de forças especiais e de caráter específico, destinadas a ir enfraquecendo a proteção do nêutrom, de modo a permitir que seja feita muito lentamente a conjunção de dois planos - o visível e o invisível - de acordo com a capacidade de controle dos fenômenos, desenvolvida pelos Jaguares do Amanhecer).

Não tem ação fora do chacra coronário, onde concentra toda a sua energia. Para o Apará, atua como força de equilíbrio e proteção, projetando, em seu chacra coronário, a força protetora de seus sete raios, conforme sua necessidade.

É a força do Sol, pura e brilhante, emanando o equilíbrio das energias do corpo físico através da recomposição e energização dos átomos formadores das células.

De grande poder, o Ministro Obatalá é poderosa fonte de energia para todos os trabalhos curadores e desobsessivos na Corrente, especialmente a Corrente Mestra, que flui da Torre de Tapir, que é um raio de Obatalá.

O Oráculo de Obatalá é o Oráculo do Amor, é o Grande Oriente de Oxalá, das forças regidas pelo grande Oxalá. Obatalá é um espírito de alta hierarquia. Para seu Oráculo são conduzidos os espíritos que precisam de ajuda: os sofredores, os doentes, aqueles que se perderam no ódio. Para lá são encaminhados, em sua maioria, os espíritos entregues por uma elevação do Doutrinador, que tem toda uma força cabalística.

As forças desobsessivas projetadas pelo Oráculo de Obatalá são regidas pelo Adjunto de Jurema.

Os Jaguares, aprendendo a manipular essas forças em conjunto com outras, vão construindo a Raiz do Amanhecer que formará o Oráculo de Koatay 108, realizando a junção das forças da Terra - Xangô – com as do Céu - Simiromba, manipuladas por Koatay 108.

No Oráculo de Obatalá se originam as seguintes forças:

Correntes Brancas do Oriente Maior:
São raios ou raízes projetadas pelo Oráculo de Obatalá e que, cruzando-se com raios do Oráculo de Olorum, agem, junto com a Corrente Indiana do Espaço, nos diversos Sandays e trabalhos no Templo. São apenas divididas de acordo com as finalidades de cada trabalho. Destas correntes fazem parte as linhas dos Pretos Velhos, dos Caboclos, das Princesas, das Sereias e dos Médicos do Espaço.

Tapir:
É um raio de Obatalá, com força nativa predominante no Reino Central e que projeta, no Templo, a energia da Corrente Mestra, atuando intensamente no Doutrinador.

fonte: jornal do jaguar - Luana Ferreira - Historiadora

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