terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

NOSSAS ARMAS - O SOL




O Sol é a estrela mais próxima da Terra. É conhecido como o Astro-Rei, pois os planetas do Sistema Solar giram em torno dele. Fonte de luz, calor e energia para o nosso mundo, não existiria vida sem os raios solares.

Representa o princípio masculino, ativo, o polo positivo, o dia, o fogo, o ouro, o poder de transformar, ao contrário da Lua, que é o feminino, passivo, negativo, a noite, a água, a prata e a perenidade.

Os povos mais antigos que conhecemos cultuavam o Sol de alguma forma, fosse como o deus que criou a vida e o universo, quanto o responsável pelas colheitas, pela saúde, pela fertilidade, etc.


Para os egípcios, o Sol era Rá, deus considerado como o criador do Universo. Quando a capital do império passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos, e Rá passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá.

Na Grécia e no Império Romano, o Sol era a manifestação de Apolo, patrono da verdade, da música, da medicina e pai da profecia. Filho de Zeus, fundou o Oráculo de Delfos, que dava conselhos aos gregos através de uma pitonisa, a sacerdotisa de Apolo, que entrava em transe e emitia os dizeres proféticos do deus, às vezes com duplo sentido.

Quando os Incas conquistaram os Andes, impuseram o culto ao deus Sol. Todas as tribos construíram um templo em homenagem ao Sol, mas o principal templo ficava em Cuzco, capital do império Inca. O imperador era considerado descendente do deus Sol e, por esse motivo era visto como um deus também. O culto ao deus criador, o Sol, supunha um conceito intelectual e abstrato, limitado somente à nobreza.

Os celtas comemoravam o solstício de inverno – momento do ano em que há menos incidência dos raios do Sol - no dia 25 de dezembro; diz-se que os ritos de iniciação eram realizados durante essa cerimônia e também nas que celebravam o solstício de verão e os equinócios de outono e de primavera. A grande comemoração anual de Beltane, ou dia de Maio, celebrava a ressurreição do sol. Realizavam-se banquetes rituais e faziam-se danças; e, segundo uma fonte, à meia-noite, em um bosque sagrado iluminado por fogueiras, um iniciando recriava a morte e o renascimento simbólicos de Hu, o deus do sol dos druidas.

Supõe-se que a Igreja Católica, ao ser instituída, absorveu conceitos das religiões antigas para melhor adaptar-se aos seus novos seguidores. Ela teria instituído a data do nascimento de Jesus, até então objeto de muitas controvérsias, como sendo o dia 25 de dezembro, justamente o solstício de inverno no hemisfério norte, data sagrada para diversas religiões.

Na nossa Doutrina, o Sol é uma poderosa fonte de energia que alimenta o nosso centro coronário, trazendo o equilíbrio do nosso espírito e do nosso corpo físico. É, também, o símbolo do Doutrinador, que ilumina e esclarece a todos que o cercam.

Com os cantos das Gregas e das Nityamas Madruxas, que dizem: “Oh deus polo, unificado em Cristo Jesus!(...)”, podemos concluir que a Espiritualidade unificou os cultos solares antigos, sintetizando-os no culto ao Cristo Solar, mais conhecido como o Cristo Jesus.

Nossa Mãe também nos ensinou que o Oráculo de Simiromba, nosso Pai Seta Branca, é representado por um sol simétrico, com sete raios decrescentes, que emanam deste grandioso espírito.


fonte: jornal do jaguar - Jairo Zelaya Leite

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