sábado, 24 de outubro de 2015

LIVRO: SOB OS OLHOS DA CLARIVIDENTE



INTRODUÇÃO

Caro Leitor: Este livro não é, apenas, um livro espírita. Ele é uma mensagem descontraída, simples, que visa você, particularmente. As estórias aqui contadas são experiências autênticas, vividas, e mostram a relação natural e inexorável do ser humano com seu passado transcendental, as vidas que viveu anteriormente, e, ao mesmo tempo, com os que o cercam. Ele irá responder, através da vida dos personagens registrados, por que você veio parar neste planeta, o que você veio fazer aqui e para onde você irá quando terminar seu estágio! É possível que, nas várias estórias aqui contadas, você não se encontre totalmente. Mas irá encontrar muito de você mesmo e imensas possibilidades de identificação. De qualquer forma, ele, o livro, não pretende torná-lo religioso; ele nem fala de uma religião! Pretende, apenas, mostrar o porquê do sofrimento e as causas ocultas do desequilíbrio humano. Essas causas são ocultas por natureza, apenas estão ocultas pela própria cegueira que a dor nos causa e que o bálsamo suave do Amor irá minorar. Sim, no fundo, este livro é uma mensagem de Amor a você! Você que vive com sua dor, incompreendido. Abra-o sem se preocupar em ser convertido, crençado, proselitado; desinibido, sem medo de ouvir a voz do seu próprio espírito! Sim, porque ao lê-lo, preso aos enredos simples e humanos, você irá ouvir a voz do seu próprio íntimo, o repositório transcendental que está presente no seu coração. É lógico que o livro pretende alguma coisa: pretende levá-lo a ter esperanças no dia de amanhã, e, quiçá, no de hoje; a saber que você, além de tudo, é molécula viva e encadeada num infinito de moléculas que compõem este imenso universo; ao conhecimento de sua posição lógica na ordem das coisas; a viver em paz consigo mesmo. 

Mário Sassi

LIVRO: NO LIMIAR DO TERCEIRO MILENIO



NO LIMIAR DO TERCEIRO MILÊNIO (publicado em 05/1972)
 
INTRODUÇÃO
 
Caro Leitor:
 
As páginas deste pequeno manual são destiladas da experiência vivida quotidianamente no trato com as outras dimensões, com os chamados mundos dos espíritos.
São, também, o resultado de quinze anos de convivência com a angústia humana, em todas as suas manifestações, do plano físico da moléstia ao plano escorregadio da mente abstrata.
Destinam-se, portanto, àqueles que continuam na luta de trazer um pouco de luz à escuridão dominante deste triste fim de era cósmica, àqueles que abraçaram o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todo supérfluo foi eliminado, toda a análise deixada para os que se interessam em aprender os fenômenos da vida. Destina-se o livro, portanto, a todas as mentes abertas a realidades sem nome, sem rótulo e sem preconceito. Se há nomes e conceitos, são apenas marcos didáticos para referência no relativo.
Este livro emergiu de uma comunidade mediúnica sui generis, uma organização dos gurus, dos mestres tibetanos e indus, plantada num vaso Kardecista. Mas, seu principal intento é trazer o Espiritismo para fora do Espiritismo. Espiritismo, como todas as doutrinas e religiões, é apenas um meio de se chegar a um fim, e esse fim, leitor, é Você.
Pouco importa quem seja Você. Importa desperta-lhe a consciência de si mesmo, para que Você possa prosseguir na sua trajetória milenar. Prosseguir, porém mais consciente, mais equilibrado, mais senhor de suas próprias forças, mais feliz.
Essa obra não tem um autor, no sentido comum da palavra. Apenas um médium Doutrinador-Receptivo captou as instruções dos Mentores, trazidas pela Clarividente Neiva, e sintetizou-as em palavras. Traz, porém, a chancela da Corrente Indiana do Espaço, cuja organização, na Terra, é a “Ordem Espiritualista Cristã”, no Vale do Amanhecer.
É, também, incompleto. Um momentum didático num trecho do caminho iniciático. Quando necessário, novos ensinamentos virão, outras formas gráficas, novas sínteses e, talvez, algumas análises.
As possíveis irreverências à Ciência existem, apenas, porque a obra se destina a todos e, além da Ciência, existe um conceito de Ciência dos que não são cientistas. Que os cientistas nos relevem a ousadia.
A forma direta e a linguagem íntima se devem ao fato de que esse trabalho se destinava apenas à distribuição interna, entre nossos médiuns. Foi impresso para distribuição mais ampla porque foi decidido que assim seria mais útil.
 
Vale do Amanhecer, maio de 1972
 
MÁRIO SASSI, TRINO TUMUCHY

LIVRO: 2000 - A CONJUNÇÃO DE DOIS PLANOS


PREFÁCIO

Caro leitor:
           
Este livro traz a chancela do Vale do Amanhecer, e isso significa autenticidade e desmistificação. O leitor que já conhece os livros precedentes, “No Limiar do Terceiro Milênio” e “Sob os Olhos da Clarividente”, sabe da nossa preocupação em simplificar, esclarecer e, principalmente, tornar cada assunto acessível a qualquer mente com adequação gradativa. A primeira medida nesse sentido é tornar claro que o concernente ao espírito e ao destino humanos não é aprendido somente pela mente aculturada escolarmente, mas, sim, pela receptividade de outra natureza, do conjunto psicofísico-espiritual, o ser humano tomado no seu todo.
A mente concreta, intelectualizada, é essencialmente transformista, elabora idéias com idéias, muda sempre as formas mas conserva as essências. Porém, a mente espiritualizada é criativa e, na sua elaboração, traz sempre algo novo, não pensado ainda, essencial. É nesse sentido que o Vale do Amanhecer orienta sua mensagem, procurando mostrar que todo ser humano dispõe do mecanismo necessário para saber as coisas fundamentais a seu próprio respeito e do seu destino.
A humanidade sempre se preocupou com sua origem e, mais ainda, com seu destino final. Mas, todos os esforços nesse sentido parecem, sempre, terminar nas incógnitas das revelações imprecisas, sejam elas científicas ou religiosas. Isso tem levado à dúvida, à insegurança e ao desespero final, tão bem caracterizados neste final de ciclo. A finalidade deste trabalho é trazer um pouco de tranqüilidade e segurança. A retrospectiva de 32 mil anos até nossos dias, com boas possibilidades de serem encontradas provas das afirmações, fornecerá à mente humana abundantes elementos de perspectiva, tanto da visão individual como coletiva. Também, as afirmações do campo psicológico são relativamente fáceis de serem verificadas. Por exemplo: qualquer ser humano, mesmo medíocre nas letras, poderá distinguir, no seu campo de consciência, quando os estímulos de suas ações têm origem no corpo, na alma ou no espírito.
E assim, entregamos ao público mais um trabalho, mais um esforço no alívio da angústia, mais uma mensagem integrante do Planejamento Crístico, cujo principal objeto de cuidados é você, que nos lê.

 MÁRIO SASSI, TRINO TUMUCHY

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 14 - AS VIDAS DO LENHADOR




Salve Deus!

Meus filhos:

Este é um exemplo vivo do que tanto precisam e que me serviu – e vem servindo – a vida inteira. Condicionados, nós nos esquecemos do nosso relacionamento eterno com Deus...
Sim, porque ao homem condicionado muito pouco podemos fazer na Doutrina. É tão grande a sua indiferença às coisas deste Universo, que então todo o Sistema Espiritual, principalmente se ele desfrutar de saúde e cultura, vive e sofre para contestar o Espírito da Verdade. Ele enche seu ambiente com seus maus pensamentos, tornando mais triste este mundo.
Esta espécie de homem vamos encontrar no LENHADOR. Junto a ele encontraremos os que se julgam em liberdade. Veremos também, que os mesmos não passam de cativos da ignorância e da desventura: são os ENCOURAÇADOS dos poderes da Terra. E assim, vamos prosseguir nossa história.

PEQUENAS HISTÓRIAS 13 - ALMAS GÊMEAS




Salve Deus!

Meu filho Jaguar:

Através de suas Faixas Cármicas na longa jornada evolutiva, em qualquer situação em que não estiverem juntos, haverá sempre uma imensa saudade que se reflete em cada um dos dois, tornando suas existências incompletas. Podem amar e ter tudo no Plano Material, mas fica uma sensação de insatisfação, de não estar completa a felicidade, que só se realiza quando as duas Almas Gêmeas se reencontram. E esse reencontro também só as realiza quando ambas estão livres de seus compromissos cármicos, como veremos mais adiante na história que Tia Neiva nos contou.

Não temos como penetrar a Mente Divina e perscrutar os misteriosos desígnios do Criador, mas, o mecanismo das ALMAS GÊMEAS é poderoso incentivo ao retorno às origens, ao seio do que é completo, a garantia de que um dia os Espíritos voltarão à Divindade.
E é muito linda a jornada das Almas Gêmeas. Como progridem em missões separadas, na maioria dos casos uma se dedica ao auxílio da outra. Vivem no amor completo e incondicional. Quantas chegam ao último degrau de sua Evolução na Terra, mas, como sua outra metade ainda está a caminho, pedem a graça de poder voltar e ajudar suas Almas Gêmeas. E é um grande sacrifício este, pois este Planeta é excessivamente pesado em suas Faixas Vibratórias e um Espírito sofre muito em uma reencarnação dessas. Mas parte feliz, com esperança, com dedicação, porque é uma missão de amor.
Para se ter um exemplo do encontro das Almas Gêmeas e de seus compromissos, vamos ver a história de um velho Jaguar e Rosa Maria, que Tia Neiva nos contou em uma aula dominical.
Salve Deus!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 12 - TIÃOZINHO E JUSTININHA





Salve Deus!

Meu filho Jaguar:

Em uma bela Fazenda situada no município de Ponta Porá, Estado do Mato Grosso, tendo como proprietário o Sr. Germano Perez, com sua esposa Dona Guiomar Perez e seus três filhos...
Sua filha mais velha, bela mocinha nos seus 14 anos de idade, cabelos compridos e louros, olhos negros “rasgados”; a bela jovem chamava-se Justininha Perez.
Ali vivia em completa harmonia esta honesta família. O Sr. Germano tinha grandes negócios de animais em criação de variável qualidade. Apesar de sua nacionalidade paraguaia, já sentia-se naturalizado brasileiro.
Em 1915, eu, Sebastião Quirino de Vasconcelos nos meus 18 anos de idade, filho de dois velhos fazendeiros de Mato Grosso, Joaquim de Vasconcelos e minha mãe, Dona Persínia Quirino de Vasconcelos. Meus pais muito me amavam, por ser eu firme administrador dos nossos bens...

sábado, 17 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 11 - O AMANHECER DAS PRINCESAS




O Amanhecer das Princesas Na Cachoeira do Jaguar


Capítulo I

Salve Deus!

Meu filho Jaguar:
De todos os males, o mais triste que deixamos em nossas passagens é a cicatriz de nosso mau comportamento. Quando estamos na Terra vivemos seguros no orgulho, principalmente no egoísmo.
Muitas vezes sentimos necessidade de chorar, de sorrir, de amar; ou melhor, pensamos em ser amados, mas nunca desejamos amar incondicionalmente para melhor atrairmos ao nosso favor... Não! Pelo contrário, exigimos de alguém o que nos convém, sem querermos oferecer nada em troca.
Salve Deus meu filho! Vamos sentir a vida das Princesas e melhorar o nosso comportamento a respeito do Amor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 10 - A VOLTA DOS CIGANOS





(E o efeito das Reencarnações)

Surgiam os primeiros raios de sol, prometendo assim uma primavera festiva naquele pequeno povoado, província do Conde Rafael, jovem viúvo e herdeiro que gozava de todos os requintes da corte russa. Tudo prometia àquele belo dia de sol, todos queriam ser acariciados por ele. Foi então que despertou-me também aquela alegria. Oh meu Deus! Começo a lembrar-me como se fosse hoje; lembro-me, lembro-me sim!
Estava ali naquela pequena praça uma linda cigana, que cantava dançando em sua graça ricamente vestida. Que quadro original pensei. Chegando-me mais para perto, pude melhor observar. Alguém então conhecendo foi me explicando: é um magnífico casal de zíngaros, aquele menino é também um pequeno zíngaro, filho deles – percebi logo, e não sei porque cada vez mais chegava-me para perto daquele suntuoso quadro. E ali embevecida não reparei que já estava bem tarde para melhor atender as exigências de meu patrão, o Conde Rafael, pois eu era governanta do Castelo.

HORIZONTAL E VERTICAL - Mensagem do mestre Kazagrande





De uma forma bem simplista podemos definir a ocorrência de nosso trabalho mediúnico em duas “posições”: horizontal e vertical.

Quando entramos em contato com nossa Individualidade, com o nosso espírito, estando mediunizados e em condições de operar em contato com a Luz e seus mensageiros, operamos na “vertical, ou seja, estamos emitindo “para cima” e recebendo da mesma fonte as mensagens e energias.

Ao mesmo passo, quando não estamos bem sintonizados, devidamente mediunizados, ou mesmo nosso comportamento dentro dos trabalhos se torna incompatível com nossos Mentores, operamos na “horizontal” na faixa “etérico-terrestre”.

Na vertical recebemos diretamente as forças dos planos espirituais superiores. As mensagens nos chegam com clareza e as dúvidas se dissipam pela nossa intuição. Nos sentimos mais seguros, pois estamos ligados à nossa verdadeira missão, permitindo que nossos Mentores estejam em um contato direto e puro.
Já na horizontal, o contato se dá através de nossa personalidade. Não estando devidamente mediunizado, em contato com seu espírito, e por conseguinte, com sua missão, a emissão e recepção de forças passa a ser horizontal, dentro dos planos terrestres, possibilitando as interferências, tanto de irmãozinhos quanto do próprio médium.

Nossa capacidade de mediunização e nossa conduta doutrinária é que definem se vamos trabalhar, emitir e receber na “horizontal” ou “vertical”.

A função dos nossos mantras (considere mantras não somente os hinos, mas sim o conjunto completo de sons, gestos e atitudes) é justamente facilitar este trabalho na vertical.

O verdadeiro motivo da existência de tantos rituais, Leis, Chaves, etc., é fazer com que nossa atenção fique voltada para o quê temos que cumprir. Deixando nossa mente “ocupada” com a realização de eventos, que fazem parte de uma sequência, que visa também trazer um comportamento compatível para ligação espiritual-vertical, além de agregar a precisão Iniciática.

Vejamos o quê nosso trabalho mais básico exigeos Tronos, por exemplo!

Sem contarmos todo o Ritual de Preparação na Pira, que já tem toda uma ritualística a ser cumprida, recordemos passo a passo nossa ida a um trabalho de Tronos.

Primeiro passamos pelo Castelo do Silêncio, tomamos sal e perfume, e durante alguns instantes nos harmonizamos para depois irmos em conjunto (doutrinador e apará), já em uma “pré-sintonia” para o setor de trabalho. Ao chegarmos, registramos nossa presença junto ao Comandante, pedindo sua permissão, e desta forma também às Entidades responsáveis pelo setor, que o acompanham.

Ao entrar na área, realizamos uma reverência e um cruzamento entre Doutrinador e Apará antes de nos sentarmos (percebam a ritualística só para poder sentar em um Trono). Aí vem uma nova harmonização e uma intensificação da mediunização, os dois se concentram por instantes, o apará realiza sua prece, o doutrinador “visualiza” sua Princesa, seu Cavaleiro, e só então estarão prontos para a “Ionização”, para unirem suas auras em um conjunto único de recepção vertical.

E mais... Antes de iniciar o atendimento aos pacientes, a Entidade incorpora, é oficialmente identificada em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e o doutrinador recebe então uma “conferência” se sua aura também está em condições de iniciar o trabalho.

Só então é que iremos iniciar um atendimento.

Já haviam atentado para tantos detalhes? Fazemos tão automaticamente que nem nos damos conta do quanto de preparação existe basicamente para efetivar esta ligação vertical, que irá evitar as interferências horizontais (de irmãozinhos e do próprio médium).

Um par devidamente preparado, seguindo toda a ritualística com atenção, dificilmente estará correndo riscos de uma interferência! O comportamento, aliado a sintonia e mediunização, seguindo todos os passos com tranqüilidade e atenção, dão toda a segurança necessária para o fiel cumprimento da missão.

Ao mesmo passo, os que estão pelo Templo, e resolvem “vamos para os Tronos” e simplesmente vão, sem nada de preparação, mesmo que suas intenções sejam as melhores possíveis, estarão se expondo aos riscos de ficarem “meia fase”. Tendo que esforçar-se para manterem-se na vertical e ainda se expondo desnecessariamente aos riscos de uma horizontalização de forças e das interferências que pode trazer.

O maior alerta é para os Doutrinadores apressados, que querem iniciar logo o trabalho! Respeitemos a intuição dos Aparás, que normalmente querem paciência e calma. Precisam deste tempo de harmonização, sentem esta necessidade. Os Doutrinadores devem aproveitar para também intensificar a capacidade de concentração e “se ligar” com toda a atenção e energia nesta verticalização. 

observação minha:
(Em nosso caso está acontecendo o contrário, a Apará é que está com pressa, não é mesmo?).


PEQUENAS HISTÓRIAS 9 - O PRESIDIÁRIO CONSELHEIRO






Certa vez ouvi uma voz que chamava por meu nome. Ao me voltar deparei-me com um senhor de mais ou menos 45 anos de idade, com uma aparência de Espírito Evoluído que me disse:
Tia Neiva, eu quero lhe contar a minha história para que sirva de exemplo, aos Espíritos que têm como lema a violência, acreditando que somente a vingança lava seus corações.
Acercando-se de mim continuou:
Era um daqueles muitos domingos que passamos na Terra, eu e minha esposa. Eu era muito amigo dos meus sogros e convivíamos juntos muito bem. Um de nossos vizinhos era muito chegado a nós, embora não tivesse uma reputação muito boa naquela cidade. E naquele domingo fatídico, quando alegremente almoçávamos todos reunidos, dois homens invadiram violentamente minha casa e seguraram-me pelos braços como se todo o ódio do mundo os dominasse. E sem saber do que se tratava, me senti ultrajado e reagi com toda a brutalidade, tentando me defender daqueles desconhecidos. Cego pela raiva, quando dei conta de mim um dos agressores tinha fugido e o outro estava caído morto por mim. Também jazia morto o meu vizinho José, abatido por aquele invasor que fugira.
Meu sogro mandou que eu corresse para fugir ao flagrante, enquanto ele chamava a polícia.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 8 - MEUS PRIMEIROS PASSOS NO CANAL VERMELHO


1 - A Adúltera
 
Salve Deus!

O dia começava a clarear na Terra e a Clarividente apressava sua volta ao corpo, após longo tempo de permanência nos Planos Invisíveis. Fizera mil coisas, estivera em muitos lugares e recebera valiosas lições. Em seu coração e sua mente pulsavam as inúmeras preocupações relacionadas com sua missão na Terra. No momento pensava no retorno ao corpo que dormia a tempo de retomar as tarefas do dia a dia.
Habituada às caminhadas fora do corpo, mal percebia as fantásticas nuances de tempo e espaço; às vezes andava, outras levitava e se transportava em frações de segundo. Tempo e espaço, Entidades de Luz, Espíritos Sofredores, tantos enredos; às vezes sentindo-se tão grande e às vezes tão pequena...

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 7 - UM HOMEM DE DOIS MUNDOS




Preâmbulo

Caro leitor:
Pai João de Enoque, um grande Mestre Planetário que humildemente se apresenta na roupagem de um Preto Velho, costuma dizer no Templo do Amanhecer: “Meus filhos, não adianta somente dar peixes às pessoas, é preciso ensina-las a pescar...”.
Com isso ele quer dizer que não basta curar e tirar as pessoas de suas angústias, mas, que é preciso dar-lhes algo mais, alguma coisa que lhes sirva de guia nas suas resoluções, é preciso dar-lhes uma Doutrina para lhes servir de amparo nas horas amargas, quando têm que tomar alguma decisão.
Essa é a finalidade destes folhetos periódicos, de dar às pessoas uma idéia da vida fora do Plano Físico, do que acontece com a gente depois que desencarnamos, e com isso tomarmos mais cuidado com nossa conduta.
Nossa vida depois da morte depende da maneira como nós vivemos antes da morte...
Nesta história de Marcondes isso fica bem demonstrado. Na Aula proferida pela Clarividente Neiva aos Médiuns do Templo do Amanhecer, houve a oportunidade de se acompanhar a vida desse homem e sua família, desde uma encarnação no século XIX, até que morreu de novo no século XX. De permeio graças à Clarividência de Tia Neiva, pode-se ter uma visão da vida no Plano Etérico, nos estágios evolutivos da caminhada para Deus.
O que mais fica evidente nesta história, é a diferença de pontos de vista da mesma pessoa no Corpo Físico e no Corpo Etérico. Esse drama pode ser percebido por cada um de nós em nossas próprias vidas a cada momento.
Não há dúvida caro leitor, todos nós temos vidas simultâneas e o desafio do momento, de cada um, é de como conciliar dois pontos de vista opostos que se contrariam – lutando no mesmo campo consciencional em nosso íntimo, no lugar onde nosso Eu escolhe os elementos para suas decisões.

O Editor.

PEQUENAS HISTÓRIAS 6 - O PEQUENO PAJÉ





Caro Médium:

Neste número apresentamos a você uma história diferente: a do Pequeno Pajé. Ele foi feito para as crianças do Vale do Amanhecer, principalmente os filhos dos Médiuns.
Essa história poderia chamar-se também “O Pirata da Aldeia Encantada” ou “Em busca da Aldeia Encantada”. Preferimos esse nome porque as crianças do Vale já se acostumaram com o Pequeno Pajé.
O Pequeno Pajé do Vale do Amanhecer é uma pequena organização, que funciona paralela com as atividades do Templo do Amanhecer. Destina-se ele a ambientar as crianças, até os 14 anos, com a atividade Mediúnica.
Até essa idade as crianças se familiarizam com a Mediunidade, sem praticar o Mediunismo. O Pequeno Pajé se incumbe de satisfazer as necessidades psicológicas, ao mesmo tempo que afasta suas mentes do Espiritismo, do fenômeno Mediúnico, principalmente em seus aspectos angustiados.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 5 - O VELHO CORONEL





Pequenas viagens!... O sol já devia estar brilhando na Terra, pois no Plano onde me encontrava, lindos filetes dourados, sem brilho, como que aveludados se espalhavam por sobre aquele pântano distante, lá embaixo no Vale Negro.
Eu, sentada com Pai Joaquim das Almas de Enoque, sentia o esplendor de tudo que víamos. Divisamos ao longe um homem de branco, que caminhava de um lado para outro, sem sossego.
– Quem poderia ser? – perguntei.
– Aquele homem é Eugênio, um velho Coronel dos bons tempos – respondeu Pai Joaquim das Almas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 4 - A NOIVINHA DESENCARNADA


Preâmbulo


Caro leitor:
Nesta história estamos apresentando uma aula de Tia Neiva aos Médiuns do Templo do Amanhecer, que trouxe a maior soma de elucidações em torno de nossas relações com o mundo invisível.
A história de Maria Lúcia, a mocinha que morreu devido a uma dose excessiva de drogas, quando ainda envergava seu vestido de noiva é uma história como muitas outras que acontecem todos os dias.
Ela se torna esclarecedora devido à riqueza de detalhes que ela nos consegue transmitir. Esses detalhes irão nos permitir analisar melhor as nossas relações com esse mundo que nos cerca.
É bom que a gente se lembre a priori, que o mundo invisível, o mundo etérico, o Plano, ou melhor, os Planos em que se acham os Espíritos que deixaram o corpo físico, são apenas mundos invisíveis, imperceptíveis aos nossos sentidos e aos nossos instrumentos científicos.
São mundos ou Planos invisíveis, mas são físicos, moleculares e atômicos. São mundos de formas, de sensações, de relacionamento e muito mais povoados do que o nosso mundo físico.
É bom também que a gente saiba que nossas relações com esses mundos não são feitas à nossa revelia, mas, dentro do âmbito de nosso livre arbítrio, presente ou passado.
E é importante também que saiba que o contato com esses Planos se faz através de uma energia física que se chama ectoplasma ou fluído. Essa energia por sua vez é produzida em nosso organismo físico, em nosso corpo. O mecanismo dessa produção e contato se chama Mediunidade e por fim, que todos os seres humanos são Médiuns, pois todos os seres humanos produzem ectoplasma.

sábado, 3 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 3 - MENSAGEM DE UM AMIGO RECÉM-DESENCARNADO





Os fatos desta pequena história são reais e aconteceram em parte aqui no Vale do Amanhecer.

Tia Neiva, orientada por Mãe Yara e outros Mentores da Doutrina do Amanhecer a relatou 
aos Médiuns em sua aula dominical. Muitos detalhes foram eliminados deste relato, pois só seriam compreendidos por Médiuns desenvolvidos.

Na sua essência a história desse homem que passou uns dias em tratamento no Vale se prende aos fatores básicos do desencarne ou morte física e o que acontece logo em seguida.

Essa é a maior preocupação do homem em todos os tempos: saber o que lhe acontece depois da morte.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTÓRIAS 2 - NARA, A SUICIDA




O dia era de intenso trabalho como de costume no Vale do Amanhecer.

A Clarividente Neiva fazia uma pausa aparente nas suas atividades. Conversava com suas filhas em torno dos problemas de costura da oficina do Vale. Enquanto falava de panos e cortes sua mente ativa resolvia outros problemas. A cada momento algum Mensageiro de outro Plano chegava e se entendia com ela. A gente só notava o fato pela maneira que ela movia as sobrancelhas ou interrompia o que estava falando.

Daí a poucos segundos ela se virava e invariavelmente perguntava: “O que eu estava mesmo dizendo?”.

Com o tempo a gente se acostuma com isso e reserva o assunto para outra oportunidade. Às vezes acontece dela se transportar por momentos e a gente tem a impressão que ela dormiu com os olhos abertos.

Outras ela faz gestos com as mãos ou fala alguma coisa em voz alta. Quando isso acontece a gente procura disfarçar e finge que não viu. Mas na maioria das vezes ela se desculpa e torna a perguntar sobre o que estava falando...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

PEQUENAS HISTORIAS 1 - MANUEL TRUNCADO




Há uns dez anos atrás, vivia em uma cidade de Goiás, bem próxima da Capital do Estado um cidadão chamado Manoel Truncado.

Ele era casado com uma mulher pacata e jovem chamada Maria.

O casal tinha três filhos: José o caçula, Marília e Josefa, duas mocinhas.
Manoel Truncado estava com mais de 40 anos e havia lutado muito para sobreviver com sua família. Seu pai fora um fazendeiro no interior de Goiás e Manoel crescera na dura vida de peão. Apesar das terras serem boas, o pai de Manoel Truncado nunca soubera tirar melhor proveito delas e com isso a vida para eles sempre fora de luta e sofrimentos.