O
dia era de intenso trabalho como de costume no Vale do Amanhecer.
A
Clarividente Neiva fazia uma pausa aparente nas suas atividades. Conversava com
suas filhas em torno dos problemas de costura da oficina do Vale. Enquanto
falava de panos e cortes sua mente ativa resolvia outros problemas. A cada
momento algum Mensageiro de outro Plano chegava e se entendia com ela. A gente
só notava o fato pela maneira que ela movia as sobrancelhas ou interrompia o
que estava falando.
Daí
a poucos segundos ela se virava e invariavelmente perguntava: “O que eu estava
mesmo dizendo?”.
Com
o tempo a gente se acostuma com isso e reserva o assunto para outra
oportunidade. Às vezes acontece dela se transportar por momentos e a gente tem
a impressão que ela dormiu com os olhos abertos.
Outras
ela faz gestos com as mãos ou fala alguma coisa em voz alta. Quando isso
acontece a gente procura disfarçar e finge que não viu. Mas na maioria das
vezes ela se desculpa e torna a perguntar sobre o que estava falando...
Outra
coisa que também nós estamos acostumados é com o segredo. É muito rara a
ocasião que ela diz alguma coisa do que está vendo ou falando. Talvez não seja
tanto pela secretividade da coisa, mas sim por desinteresse. Neiva lida com a
vida de milhares de pessoas e a gente acaba por se desinteressar pelos enredos
complicados, mas comuns. Só o Amor Incondicional desperta e mantém um interesse
permanente. E esse Amor só ela possui, só ela mantém com uma constância que
chega a nos deixar acanhados de nós mesmos.
Ela
levantou uma peça de pano para melhor exame e seus Olhos de Clarividente
depararam com a figura de uma jovem mulher que se aproximou com desenvoltura.
“Salve Deus!” disse Neiva, “de onde você vem?”.
“Sim,
Tia Neiva. Eu estou aproveitando mais uma oportunidade que me foi proporcionada
por Mãe Tildes (2) e cheguei até a senhora para me esclarecer mais. Talvez a
melhor forma de fazer isso seja contar-lhe a minha história. Conheci Mãe Tildes
em meio às minhas andanças aloucadas que fiz depois que desencarnei”. E foi
contando sua história triste:
“Eu
andava feito louca e cheia de dor. Na verdade minha dor era tão grande que Deus
na sua bondade permitiu-me caminhar na solidão sem ser atingida pelos Bandidos
do Espaço (3), apesar da minha revolta e descrença. A única coisa que me
sustentava era o respeito que me devotavam devido ao Amor do meu marido. (4)”.
Neiva
sorriu compadecida e pediu-lhe que contasse sua história desde o princípio.
Enquanto isso, ela diligentemente discutia com sua filha Carmen Lúcia detalhes
das capas dos Mestres que estavam sendo confeccionadas na oficina. E a moça
começou:
Meu
nome é Nara. Eu estava com 18 anos quando conheci Tomáz, um rapaz de 20 anos.
Estávamos numa festinha em casa de uma família das vizinhanças de minha casa. A
dona da casa chamava-se Alice e eu gostava muito dela. Não sei se foi o
ambiente agradável, ou influência da noite chuvosa lá fora, contrastando com o
conforto do interior da casa, mas o fato é que eu e Tomáz nos apaixonamos à
primeira vista. Ficamos sentados olhando um para o outro e tocando de leve com
as mãos. Enquanto isso todo mundo dançava e se divertia. Foi uma noite
maravilhosa e a partir daí o nosso namoro não mais foi interrompido até o
casamento. Nosso noivado durou dois anos e foram da mais perfeita felicidade.
Três
meses depois de casados fiquei grávida e isso foi recebido por nós com muita
alegria. A primeira preocupação de Tomáz foi dar a notícia para sua mãe que
morava no Sul. Ele era o único filho e ela sonhava em ter um neto. Em poucas
semanas ela e Tomáz fizeram todos os arranjos para ela vir morar conosco. Nos
primeiros dias tudo foi novidade e alegria. Tomáz estava eufórico com a
perspectiva do nosso filho e ao mesmo tempo sentia-se alegre com a presença da
mãe.
Mas,
essa situação agradável durou pouco. Eu não sabia naquele tempo, mas tanto a
criança que estava no meu ventre como a minha sogra eram meus Cobradores
Espirituais. No princípio eram pequenos ciúmes, palavras ásperas e pequenas
birras. Eu logo revidei e as coisas pegaram fogo. Nossa vida virou de uma hora
para outra da tranquilidade para o inferno. Eu passei a atacar minha sogra com
violência e, ninguém entendia mais nada.
No
terceiro mês de minha gravidez eu abortei. Senti-me mal, fui levada para o
Pronto Socorro e quando voltei me sentia um trapo. Deitei-me em nossa cama de
casal e minha sogra desandou a falar caluniosamente. Com as feições alteradas
pelo ódio e a voz gritante ela disse entre outras coisas:
“Foi
você que provocou esse aborto! Você sua desavergonhada, você que tem sido a
desgraça do meu filho!”.
Nesse
preciso momento, Tomáz assomou na soleira da porta e eu num instante percebi a
tragédia inevitável. Meio tonta com a zoeira que minha sogra fazia eu tentei
levantar-me e implorei com os olhos o auxílio de Tomáz. Mas, qual não foi a
minha surpresa! Suas feições se transtornaram e seus olhos pareciam sair fora
das órbitas. “Ouvi o que minha mãe disse” gritou ele, “então você abortou, matou
nosso filho! Jamais a perdoarei! E avançou possesso em direção à cama. Eu
gritei assustada e vi quando ele apanhou um punhal ornamental que estava sobre
a cômoda e avançou sobre mim!”.
Minha
sogra assustada segurou-lhe o braço e eu sentei-me na cama enfrentando seu
olhar de fera. Não, não é possível pensei. Uma pessoa não se transforma assim
de repente. Não podia acreditar que o homem a quem dedicava toda minha
existência pudesse agir daquela maneira. Dei um grito de dor e desespero e
procurei enfrenta-lo. Ele refreou um pouco o seu gesto e a cena acabou tão
depressa como começara. Foi como se um furacão tivesse passado naquele quarto e
na minha vida. Algo fora destruído. A partir daí entramos naquela terrível
situação de solidão a dois.
Esperei
durante dois anos que aparecesse outro filho, mas isso não aconteceu. Quando
Tomáz estava ausente eu sentia saudades dele, quando ele chegava eu sentia-me
distante dele. A minha solidão começou a se tornar insuportável (5). Tomáz
então começou a beber e quando voltava para casa parecia uma fera. Eu tinha
certeza que ele procurava outras mulheres e meu ciúme se tornou como um espinho
no meu coração.
Certa
noite Tomáz não voltou para casa e o desespero tomou conta de mim. Imaginava as
coisas que ele estaria fazendo e, minha angústia aumentava a cada hora que se
passava. De repente não resisti mais e procurando na cozinha encontrei uma lata
de veneno para ratos e ingeri!
Foi
horrível! Comecei a me contorcer com dores terríveis, com a garganta queimando
como se fosse de fogo. A impressão que tinha era que meu corpo fosse sair pela
boca. E assim fiquei me retorcendo em agonia, gemendo e chorando por um longo
tempo. Estava só em casa e ninguém me ouvia, ninguém me socorria. Ao mesmo
tempo eu sentia que entrava em uma espécie de transe para adormecer.
Comecei
a despertar lentamente e me sentia envolvida numa espécie de massa tênue e
lilás. Ouvia gritos e gemidos e não sabia se eram meus ou de outras pessoas.
Continuava sentindo dores, porém elas eram um pouco destacadas de mim, como se
eu estivesse longe de meu corpo. A primeira sensação que tive foi de vergonha
do que havia feito.
Perdi
a noção de tempo e não sei quanto tempo permaneci nesse estado. Só sei que as
razões de meu gesto começaram a se apresentar e por mais que tentasse
justificar sentia que a culpa era só minha. Lembrava-me de minha sogra e de
Tomáz. Comecei a sentir que eu é que havia provocado aquela situação com a
pobre mulher. Se eu tivesse tido mais paciência, talvez não tivesse perdido meu
filho. Tinha sido egoísta o tempo todo e só agora me dava conta disso!
Às
vezes ficava em dúvida e me perguntava se o ciúme tinha sido meu ou dela. Isso
me perturbava mais ainda e minha agonia era muito grande. Já percebia que havia
morrido, mas assim mesmo pensava em voltar. Mas a lembrança da dor que passara
tirava-me esse pensamento da cabeça. Não, não teria coragem de voltar para
aquela terrível experiência.
Subitamente
fui despertada por uma voz que ressoava no ambiente que dizia: “Espíritos
suicidas, preparem-se para voltar à Terra!”.
Fiquei
mais animada e esperançosa. Sim, voltar para a Terra, encontrar Tomáz,
pedir-lhe perdão por tudo que fizera, pedir perdão à minha sogra, começar tudo
de novo! – Meus pensamentos ainda estavam muito embaraçados e eu me esquecia
que era um simples Espírito sem corpo, desencarnado!
A
voz do Guia Universal continuou o sermão, e a névoa lilás começou a clarear a
ponto de poder enxergar em
torno. Vi então que estava num bem cuidado gramado pontilhado
de margaridas e lírios brancos.
Comecei
a me movimentar e meu pensamento era um só: ir para perto de Tomáz, pedir-lhe
perdão dos meus atos. Por fim cheguei a uma grande plataforma que dava idéia de
uma rodoviária ou de um aeroporto. O local estava cheio de gente e de vozes.
Acima do rumor das pessoas ouvia-se a voz do Guia Universal, como se saísse de
grandes alto-falantes. Nisso veio ao meu encontro um Índio bonito, com alvas
penas de adorno e, não sei como sabia que ele se chamava Pena Branca (6).
Ele
foi me conduzindo pela mão e me vi diante de duas bocas de túneis uma próxima
da outra. Eu vacilava em qual das duas entrar. Pena Branca havia sumido e eu
sabia que tinha que tomar uma decisão. Tudo continuava envolto naquela névoa
lilás e minha indecisão aumentava a cada momento. Às vezes ficava lúcida e no
momento seguinte não sabia o que estava fazendo. Se num momento eu estava vendo
e ouvindo, no momento seguinte eu nada via, como num pesadelo. De repente senti
uma mão que segurava na minha e dei um grito! Tomáz, o meu querido Tomáz! Mas
eu não o via, apenas o ouvia.
“Estou
aqui meu amor, venha, venha comigo; não me deixe, não me solte! O que está
acontecendo?”.
Uma
luz se fez na minha mente: Ele me ama!
Mas
de repente tudo escureceu. Meu Deus, que fizera eu. – Tudo continuou a
escurecer e senti minha mão se soltando da mão de Tomáz. Quis segurar mais
forte, mas não conseguia. O outro túnel começou a me atrair e fui levada para
ele. Ouvia vozes de todo o tipo e até mesmo idiomas de outras línguas que eu
parecia entender. Meu desespero por ter largado Tomáz e o conhecimento da
verdade, do que eu fizera, cortavam-me o coração.
Por que Tomáz me largou se
ele ainda me amava?
Despertei
na Terra, respirei e senti que estava consciente.
Minha
dor era muito grande, mas meu arrependimento de tudo que havia feito era maior.
Tinha consciência de haver perdido minha Alma Gêmea, naquela escuridão na boca
dos túneis (7) e, lamentava-me da sorte triste.
Não
pude permanecer muito tempo naquela cogitação, porque os Bandidos do Espaço
logo começaram a me perseguir. Corri de um lado para outro procurando proteção.
Cheguei até a casa de minha sogra, porém a vi maldizendo tanto a mim, que me
deu medo e tive que me afastar. Ela me atribuía toda a desgraça que havia
acontecido!
Perambulei
pelo Rio de Janeiro indecisa. Apenas uma ideia me surgia na cabeça de vez em
quando: Brasília. Não sei se era influência do meu Mentor ou se era uma
lembrança do tempo de Tomáz que falava muito em Brasília. Estava
ainda nessa indecisão, quando vi uma jovem que havia conhecido e que morava em Brasília. Lembrei-me
direitinho do seu nome: Jeny!
Afeiçoei-me
a ela e passei a acompanha-la onde quer que fosse. Não sei se passou um dia ou
mais, mas subitamente eu me vi numa bonita casa na beira de uma grande lagoa de
águas limpas. Nessa casa havia algumas pessoas que falavam muito em Espiritismo.
Continuei
acompanhando Jeny e ela acabou por ir a um grande Templo.
Meio
receosa eu a segui e ela se dirigiu para o fundo do Templo, parando diante de
uma linda estátua de um Índio. Ele tinha um penacho dourado e tão grande que
tomava metade do tamanho da parede de fundo!
Estava
assim pertinho de Jeny e trêmula de medo, quando senti que alguém me passava a
mão na cabeça. No mesmo instante senti alívio de uma dor que sempre tivera
desde o meu suicídio. Com o alívio da dor, passei a ter mais coerência na minha
percepção. Comecei a prestar atenção aos movimentos no Templo. Foi quando ouvi
uma voz dizendo: “Mário, a Tia Neiva está chegando” e a pessoa chamada Mário
respondeu: “Edgard, pergunte a ela se vai haver Indução”. Vi então quando a Tia
chegou perto de Mário e me viu. A senhora então estendeu a mão e me disse:
“Venha filha”.
Depois
a senhora chamou Edgard e lhe disse: “Edgard, chama a Rosa e o Josias para
fazer uma passagem”. Fui então levada para perto deles e recebi a Doutrina.
Comecei a me sentir mais leve e percebi quando Pai João de Aruanda, o Preto
Velho de Rosa, me encaminhou a uma Cassandra (8) que me levou para o Canal
Vermelho.
“Agora
Tia Neiva, eu voltei para saber notícias de Tomáz. Tenho que pedir perdão a
ele, pois minha consciência não me dá sossego, principalmente depois que soube
que ele também havia morrido naquela noite”.
“Nara,
minha filha”, respondeu Neiva. “Um dia você terá que voltar, mas não é tão
fácil o reencontro com a Alma Gêmea. Você cometeu muitos desatinos e terá que
se reajustar por isso. Muitas vezes nós pensamos que estamos sendo feridos e
somos nós que estamos ferindo com nosso amor próprio. Isso se dá devido à nossa
incompreensão, nosso egoísmo, que é a pior arma que voltamos contra nós mesmos.
Temos a obrigação de analisar as coisas, pois em tudo existe uma razão, um
propósito. Não devemos nos queixar tanto do nosso próximo, do nosso vizinho.
Com a falta de tolerância nós fazemos os nossos inimigos”.
Nara
ouviu em silêncio e se aprontou para partir. “Salve Deus, Tia Neiva”, disse
ela, “agradeça por mim ao Mestre Mario Kioshi, ao Mestre Edgard, Josias, Rosa e
os outros que me ajudaram. Também quero agradecer ao Pai João que me levou para
o Canal Vermelho”.
“Pois
é minha filha, em breve eu saberei onde está Tomáz e a mãe dele e, vou mandar
notícias a você no Canal Vermelho”.
“Não
Tia Neiva, só preciso encontrar Tomáz. A mãe dele está viva e mora no Rio de
Janeiro”.
“Não
minha filha, sua sogra já morreu e está junto ao filho. Não se esqueça que você
passou sete anos aqui na Terra... Olhe Nara, naquele dia em que você encontrou
sua benfeitora Jeny, eles estavam perto ajudando a você”.
“Como?
eles estavam lá? E como não os vi?”.
“Você
não os viu porque eles estavam em outro Plano, embora estivessem bem junto a você!
Vai minha filha, vai para o Canal Vermelho e de lá você será encaminhada para
outros Planos. Neste mundo você nada tem mais a pagar. Você já pagou muito com
seu amor e agora com seu arrependimento. Vai e que Deus a acompanhe”.
Com
carinho,
A
Mãe em Cristo.
Notas
do Texto
(1)
O Canal Vermelho é uma
cidade etérica nas proximidades de nossa dimensão. Para lá são encaminhados
certos Espíritos que ainda tenham dívidas a serem removidas. Essa “cidade” tem
todas as condições semelhantes as da Terra.
Ali
se encontram casas, ruas, igrejas, religiões, etc... É uma ilusão deliberada na
qual o Espírito tem a oportunidade de se encontrar em condições semelhantes
(mas não iguais) as da Terra e discernir melhor a sua própria realidade
A
principal vantagem do Canal Vermelho é a facilidade de relacionamento
ectoplasmático com a Terra. Um Espírito passa por um trabalho e é entregue no
Canal Vermelho; logo mais à noite, quando os Médiuns que o trataram estão
dormindo, seus Espíritos se deslocam para o Canal, levam consigo o seu
ectoplasma e lá continuam o trabalho com o Espírito que passou de dia. Só que
as condições são bem mais favoráveis. Na Terra o Médium não vê o Espírito, mas
no Canal ele está no mesmo Plano do Espírito e pode fazer sua Doutrina com
muito mais eficiência.
(2)
Mãe Tildes é
Missionária de nossa Cúpula Espiritual, faz parte do Comando da Falange de Seta
Branca. Ela foi uma escrava no Brasil no tempo do Império e sua principal ação
se passou quando houve a libertação dos escravos no Brasil. Ela montou um
“Congá” no sul da Bahia e lá congregou toda uma série de Missionários desta
Corrente em seus reajustes. Ela é o nosso “Espírito Familiar”, isto é, o
Espírito que entende as nossas complicações sentimentais e nos aconselha nos
momentos difíceis. Seu interesse por Nara resulta talvez da natureza de seu
problema.
(3)
Bandidos do Espaço
é o nome que se dá a certo tipo de Espíritos desencarnados e inclinados à ação
negativa. Eles não se ligam a Falange alguma como fazem a maioria dos
Espíritos. Perseguem os inseguros que vagam pelo Plano Etérico, os prendem,
abusam deles e os vendem para certas Falanges que mantém o sistema de
escravização. Assim na Terra como no Céu.
(4)
Feliz quem tem um amor sincero,
alguém ligado ao seu coração e seu Espírito. Até mesmo os Espíritos negativos
respeitam os Eflúvios de Amor que cercam uma pessoa, seja esse amor de uma Mãe,
um Irmão ou um Marido.
(5)
Isso é uma coisa que acontece com frequência em nosso mundo. As pessoas são vazias, faltam-lhe
ideais, elas repousam apenas nas coisas que possuem (no caso de Nara, um
marido). Se acontece de perderem se entregam ao desespero ou se tornam
apáticas. São classificadas na Espiritualidade de “Espíritos estacionados” ou
“Espíritos preguiçosos”.
(6)
Pena Branca era o
Mentor de Nara.
(7)
Nara havia desencarnado pelo suicídio, antecipara sua morte. Tomáz havia tido uma morte normal.
Isso fazia que embora próximo, cada um estivesse num Plano. Conhecer essa
diferença de Planos é muito importante, se a gente quiser entender melhor o
relacionamento entre Espíritos.
(8)
“Cassandras” são
Naves Espaciais Etéricas que todos os dias, ao pôr do sol, conduzem os
Espíritos que se libertaram da Terra...
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