Quando parte um ente querido, após cumprir sua
missão nesta encarnação, a maioria das pessoas sente um grande vazio,
dilaceradas pela angústia e com o desespero minando suas energias, a revolta
se insinuando em seus corações, que pulsam destroçados pela dor da separação.
Na Doutrina do Amanhecer nós entendemos a Morte como uma bênção de Deus, pois
sabemos que aquele espírito que deixa o corpo está nascendo para uma nova
Vida, e sua passagem pela Terra foi apenas uma etapa de um longo aprendizado.
Teve bons e maus momentos, riu, chorou, sofreu e teve seus momentos felizes,
dentro do ciclo que corresponde a mais uma vida: nascer, viver e morrer!
O
desencarne ou a morte tem sido, desde tempos antiquíssimos até hoje, uma
questão enigmática para a Humanidade. Homens sem fé, sem qualquer religião,
com suas mentes científicas, ficam perplexos diante da morte. Seria o fim de
tudo? Geralmente interpretada apenas como a degradação física, a morte, na
nossa Doutrina, é aceita de forma tranquila, pois nosso conhecimento supera o
sofrimento, embora isso não nos isente da saudade daquele irmão que partiu.
Sabemos que aqueles seres que amamos não desapareceram, não foram
aniquilados: sobreviveram, modificados em suas estruturas, em outras
expressões vibratórias, continuando a receber nossas vibrações de amor, de
saudade, de carinho.
Em nossa Corrente, a morte só nos preocupa sob um
aspecto: a morte do espírito, impedido de se manifestar pelo baixo padrão
vibratório, pela falta de disciplina pessoal, pela incapacidade de
manipulação das energias, submisso às ações de predominância material:
defeitos, ódios, intolerância, vaidade e revolta.
O que comumente se chama
morte é, para nós, apenas o desencarne. Sabemos que é preciso morrer para
nascer. Na nossa Iniciação, determinamos a morte de nossa personalidade, e só
conseguiremos evoluir em nosso estado iniciático se conseguirmos nos despojar
de tudo o que seja negativo em nossa personalidade. Para passar por esta
porta estreita do desencarne temos toda uma preparação.
A fagulha divina,
a centelha extra-etérica que liga o espírito ao feto, no terceiro mês de
gestação, começa a ser desprendida, 24 horas antes da morte clínica ou
física. Isso acontece tanto para aqueles que têm a chamada morte natural -
por doenças ou inviabilidade vital - como com os que são vítimas de
acidentes, em que o espírito é liberado antes do choque fatal, de modo que
não tem ideia do trauma físico. Os Médicos do Espaço, que fizeram a ligação,
trabalham na liberação.
Livre, o espírito se projeta pelo chakra laríngeo
ou da garganta, e se coloca em posição invertida ao corpo, isto é, com sua cabeça
sobre os pés do corpo, ficando em posição bem elevada. Logo, começa a baixar
lentamente, sugando o magnético animal do corpo, carregando-se com todas as
energias de tudo que realizou naquela encarnação, recebendo fluidos e
emanações que vão formando um novo corpo, que leva consigo a alma e a
conserva enquanto está a caminho.
Enquanto o espírito estiver ligado à alma,
permanece no campo vibratório dela e se sujeita às leis que regem esse plano.
A energia que havia servido como “solda” fica no cadáver, passando a se
chamar charme. Esta fase de absorção do magnético animal dura cerca de 24
horas, motivo pelo qual os velórios demoram esse tempo, durante o qual o
espírito recém-desencarnado recebe energias dos que ali estão, percebendo,
também, os sentimentos daqueles que estão velando o corpo.
Depois de retirar
todo o magnético animal do corpo, o espírito é levado, por força magnética,
para o primeiro ponto de contato com o Plano Espiritual: Pedra Branca, onde
ficará por tempo correspondente a 7 dias terrestres. Pedra Branca é um local
onde estão muitos espíritos, na mesma situação de desencarnados, mas não se veem, isolados totalmente uns dos outros por uma barreira de neutrom,
ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos sem terem consciência
de seu estado de desencarnado.
Ali, o espírito tem oportunidade de
lamentar-se, alegrar-se, se maldizer e de fazer reflexões, avaliar sua
encarnação como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua
jornada detalhadamente. Vê as oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou
más coisas que fez; o que havia se comprometido a fazer, antes de reencarnar,
e o que cumpriu; o que deixou de fazer!
Exceto para espíritos de maior grau
de evolução, ao sair de Pedra Branca, após o sétimo dia terrestre, o espírito
inicia sua jornada de acordo com seu padrão vibratório, indo para uma Casa
Transitória ou necessitando energia animal, para prosseguir até o Canal
Vermelho, e isso é obtido por sua condução à Mesa Evangélica. Se seu
Mentor não consegue encaminhá-lo, impedido pelo próprio padrão vibratório
daquele espírito, ele se afasta e o deixa entregue ao destino que foi
escolhido pela afinidade vibratória.
Existem espíritos que permanecem longo
período como se estivessem mortos, arraigados em suas mentes negativas,
dominados por ódio e rancores, de tal forma que perdem seu corpo espiritual,
originando os elítrios ou ovóides. Outros espíritos se tornam errantes,
por período que pode durar dias ou séculos, sendo atraídos por outros
espíritos, ingressando em legiões do Vale das Sombras e só se libertando
quando, aliviados por trabalhos desobsessivos, possam se voltar para Deus e
receberem ajuda dos Planos Superiores.
Existe, sempre, o peso da
responsabilidade, do conhecimento, e é engano pensar que um Jaguar jamais vai
para o Umbral, pois se fugir de sua conduta doutrinária, de suas metas
cármicas, tem o espírito do Jaguar uma queda muito maior do que aquele que
não tem Doutrina e, por isso, não tem o conhecimento que nossa Doutrina
proporciona. Por isso, o sofrimento do Jaguar que sai de seu caminho é muito
maior.
O espírito desencarnado possui estrutura molecular densa que vai se
tornando mais leve quando doutrinado, sendo fluidificado pelos trabalhos, até
que consegue suficiente leveza para ser magneticamente projetado a um
hospital ou a um albergue dos planos espirituais, retomando sua marcha
evolutiva.
Os parentes e amigos que aqui ficaram devem evitar mentalizar
aquele que desencarnou, ansiosos por senti-lo, falar-lhe ou ouvi-lo, pois
isso gera também angústia naquele espírito que não pode comunicar-se, ainda,
por condições que levam sempre um longo tempo para serem superadas. Sabemos
que o amor não tem barreiras e, por isso, vibrando amor e agradecimento por
termos podido conviver e compartilhar momentos preciosos com aquele espírito,
aguardando com esperança um futuro e feliz reencontro nos Planos Espirituais,
temos a certeza de que estaremos em contato e ele se sentirá feliz ao receber
as emanações de nossas vibrações isentas de mágoas, ressentimentos ou
aflições.
O certo é que não podemos deixar de estar preparados para a Morte,
pois nunca saberemos o momento em que chegará nosso desencarne, pois isso
depende de muitas coisas. Não existe uma data marcada. Pode ser mais breve ou
mais demorado, dependendo da trajetória de cada um, de seus atos, de suas
ações e reações, de sua dedicação, de seu amor, de seu desprendimento. Por
isso devemos aprender a conviver com a morte, a pesar nossas ações para que
possamos estar preparados para a partida daqueles a quem amamos e para a
nossa própria partida, confiando em nossos Mentores para que sejam momentos
de paz e harmonia.
Já existem estudos científicos, em diversas partes da
Terra, que visam esclarecer a humanidade sobre o momento da morte ou do desencarne.
Um psiquiatra - Raymond A. Moody Jr. - coletou impressões de numerosos
pacientes que haviam passado pela Experiência de Morte Iminente (EMI), e
publicou um livro - "Vida após a Morte" -, em 1975, que desencadeou ondas
favoráveis e objeções furiosas na comunidade médica internacional. Os estudos
sobre o assunto se intensificaram, e foram realizadas pesquisas em diversas
universidades e hospitais com pacientes que haviam passado pela EMI. Chegaram
à conclusão de que havia algo, num campo onde a Ciência atual ainda não tinha
como certificar, tendo, em linhas gerais, sido isolados cinco pontos
fundamentais de experiências de EMI que consideraram básicas: paz e sensação
de profundo bem-estar; desprendimento do corpo físico; passagem por uma
espécie de corredor escuro; visão de uma luz de brilho muito intenso; entrada
em um ambiente de luz e paz; e visão de entes queridos que já haviam morrido.
Tudo isso se completava com a ordem de voltar ao corpo, pois ainda não era
chegado o momento do desencarne. E, assim, o paciente retornava ao corpo
físico e, independentemente de sua raça, religião, posição social ou
convicções individuais, passava a ter uma nova visão sobre a morte, com
significativas alterações em suas perspectivas de vida. Um aspecto que
intriga os pesquisadores é que alguns pacientes têm visão totalmente
diferente, com ambientes hostis e sofrimentos. Isto porque os cientistas não
entendem, ainda, a afinidade espiritual e o merecimento de cada um.
Outro
ponto que tem gerado muita divergência é o que se refere à doação de órgãos.
O Jaguar sabe que nada desta matéria se leva para a outra vida e que, mesmo
se faltar uma perna ou um braço nesta encarnação, seu corpo etérico estará
perfeito. Daí, que se houver doação de seus órgãos após sua morte física, é uma
caridade que estará fazendo ao próximo se puder ser transplantado seu
coração, ou suas córneas, ou seus rins, etc., proporcionando melhor condição
a quem necessita de um órgão saudável. O corpo físico, após poucas horas,
entra em processo de decomposição e tudo se deteriora e se perde. O que puder
ser de proveito para outros irmãos pode ser utilizado, sem qualquer prejuízo
para aquele espírito que se libertou da matéria.
fonte: Obs.Tumarã
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