Ao desencarnar, o Homem 
            que foi, quando encarnado na Terra, uma pessoa de bem, um bom pai 
            de família, culto, cientista, enfim, um membro de posição 
            acima da média na sociedade, porém irrealizado, cheio 
            de pretensões, agnóstico, descrente das palavras de 
            Jesus, libera seu espírito que, por não aceitar as coisas 
            mais simples, em nada crê, e se torna presa fácil para 
            entidades experientes na manipulação de forças 
            empregadas para tristes fins. 
Aquele espírito se transforma 
            em um exu. Assim, o exu é um espírito que não 
            encontrou o caminho de Deus e se perde na vã esperança 
            de conseguir sua ascensão somente pela astúcia, pela 
            sabedoria científica e pelas fortes ligações 
            com as sensações materiais. Não é um espírito 
            das Trevas, mas também não tem Luz. É um sofredor 
            que age no plano invisível da Terra. 
Os exus são líderes, 
            sábios e inteligentes, que organizam escolas e universidades, 
            que possuem numerosas falanges, se agrupando para agir em “linhas”, 
            e mercenários, exigindo pagamento por seus trabalhos, que são 
            feitos tanto para o Bem como para o Mal. Seu pagamento é feito 
            pelos despachos e oferendas, de onde retiram as energias negativas 
            que os alimentam. 
Nos cultos africanos disseminados no Brasil - candomblés, 
            macumbas, umbandas e xangôs - o exu é considerado embaixador 
            dos demais deuses e portador de personalidade satânica, malévola, 
            contrária aos interesses humanos, assumindo posição 
            de protetores das cerimônias, cuidando para que transcorram 
            sem turbulências ou interrupções prejudiciais. 
No livro “Sob os Olhos da Clarividente”, Koatay 108 disse 
            que os exus são preocupação constante da Espiritualidade, 
            evoluindo pela assistência que dão àqueles com 
            que têm afinidades, usando poderosas forças e máquinas 
            complicadas que são construídas com magnético 
            animal. Isso se deve a serem espíritos com cultura e inteligência 
            apenas materiais, no plano mental concreto, com raciocínio 
            que não alcança a nuança espiritual, vivendo 
            no plano etérico, lidando com a maleabilidade molecular desse 
            plano e utilizando o ectoplasma humano e os fluidos magnéticos 
            da natureza como matéria-prima, uma vez que não têm 
            capacidade para criar energia. 
Como no plano físico, seu poder 
            decorre da sua capacidade de obter e controlar essa riqueza. No mundo 
            dos exus predomina o ódio, o desconhecimento do amor e do perdão, 
            e, por não terem consciência das qualidades e possibilidades 
            de um espírito, por as negarem e não acreditarem nelas, 
            precisam estar inventando continuamente aparelhos e máquinas 
            para alcançarem mais poder e atingir seus objetivos. 
Eles não veem os espíritos de Luz e, quando percebem alguma coisa 
            vinda dos planos superiores, atribuem isso a um fenômeno que 
            precisam controlar. E estudam com afinco, como os cientistas da Terra, 
            buscando descobrir a alma, Deus ou espíritos através 
            de seus aparelhos, nos seus laboratórios. Por isso, os Mentores 
            não deixam que eles penetrem nas forças do espírito, 
            porque seriam desperdiçadas pelo seu egocentrismo.
Segundo 
            Tia Neiva, o Homem encarnado tem muito mais poderes que um exu. Mas 
            os exus assediam preferencialmente os homens inteligentes, cultos 
            e/ou religiosos porque extraem os conhecimentos deles. 
Na Doutrina 
            do Amanhecer, devemos ter amor e carinho com todos os espíritos, 
            inclusive os exus, embora nada queiramos deles, nada há que 
            possam fazer por nós, a não ser a oportunidade de exercermos 
            nossa fé, nossa capacidade missionária. Não podemos 
            evitá-los nem fugir deles. Os exus são atraídos 
            ao Trono Milenar, onde precisam ser trabalhados com muito amor e abnegação, 
            para que possam ser doutrinados e recebam vibrações 
            de amor e luz, despertando a consciência de suas mentes para 
            a Doutrina Crística. 
Em geral, os exus são considerados 
            verdadeiros demônios, mas, na realidade, são apenas espíritos 
            sem noção do que seja certo ou errado, agindo de acordo 
            com seus contratos, firmados com aqueles que buscam sua ajuda, nos 
            locais onde se utilizam suas forças, até para a realização 
            das mais terríveis obras. Existem os Exus Caçadores, 
            que obsidiam e escravizam espíritos que se perdem na recusa 
            de aceitar seus destinos cármicos. 
- “Como você sabe, Neiva, os Exus são um pouco produto da ganância dos seres humanos. As invocações e chamadas só fazem aumentar suas forças. O médium que os invoca lhes dá oportunidade de se afirmarem nas suas metas, e isso nada tem a ver com a Umbanda!” (Amanto, s/d)
 
- “Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória! Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores, espíritos doutrinários! Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua responsabilidade perante os Mentores. Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito da Doutrina.” (Tia Neiva, 7.5.74)
 
fonte: ObsTumarã

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