quinta-feira, 20 de agosto de 2015

TRONOS

 
Inicialmente, os Tronos Amarelos eram para as comunicações e os Tronos Vermelhos para os trabalhos de desobsessão. Com a evolução da Corrente, especialmente depois do Sanday, houve uma unificação das forças que fez desaparecer a distinção. Doutrinador e Apará devem conhecer o que estabelece o Livro de Leis e fazer sua mediunização no Castelo do Silêncio antes de irem para os Tronos. Ao chegar ao Trono, o Doutrinador faz o cruzamento de forças com o Apará, ambos abrindo os plexos, e se sentam, fazendo a harmonização com uma prece. Terminada essa harmonização, o Doutrinador se levanta e, de pé atrás do Apará, faz a ionização, ligando sua aura à do Apará, e, em seguida, o convite à Entidade de Luz. Sabendo o nome da Entidade, recepciona os pacientes com carinho, pedindo que dêem nome e idade para aquela Entidade. 


Quando o paciente fala, antes de dizer algo já tem, em sua mente e em seu coração o que pretende. Por isso, a entidade já sabe, e vê seu quadro. De acordo com o merecimento, aquele paciente começa desde logo a ser objeto da manipulação nos Planos Espirituais. Para o trabalho, não são necessárias as palavras. Todavia, falando, o paciente manipula sua vibração ectoplasmática, ajudando sua recuperação. O Doutrinador fica atento à comunicação e, quando houver passagem de um irmãozinho, sofredor ou obsessor, deve fazer a puxada e iniciar a doutrina, com os cuidados recomendados na doutrina da Mesa Evangélica (*). Se o paciente incorporar, o Doutrinador deve fazer um sinal chamando um dos dirigentes dos Tronos para cuidar dele. Sua atenção deve ser, exclusivamente, para o Apará que está à sua frente. Terminado o trabalho, o Doutrinador agradece à Entidade e, após ter ela subido, verifica como está o Apará e aplicar-lhe o passe magnético. Enquanto transcorre o trabalho, o Doutrinador deve estar alerta e atento com o comportamento do Apará. Não deve se intrometer no diálogo com o paciente, exceto quando perceber que a comunicação está fora de nossa Lei. O Doutrinador é o guardião do Apará, e por isso a sua responsabilidade é enorme no que diz respeito a mistificações e mensagens com interferências de Espíritos Inluz. Em perfeita harmonia, mediunizado, deve aprender a conhecer muito bem as incorporações, pois há inúmeros casos de Espíritos das Trevas que incorporam sem os sinais do sofredor (enrijecimento muscular, contração das mãos, etc.) e passam a dar mensagens prejudiciais, fora dos padrões da nossa Doutrina. Sempre que o Doutrinador sentir que o padrão vibratório se modificou ou que surgem comunicações não permitidas, tais como prescrição de medicamentos, suspensão de tratamentos médicos, determinação de mediunidade, sugestões supersticiosas (sete Estrelas, sete trabalhos desobsessivos, etc.), previsões e outras formas de abordar assuntos pessoais do paciente diferentes das normalmente usadas pelos Pretos Velhos e Caboclos, que é sempre uma linguagem de amor e compreensão, o Doutrinador deverá fazer a elevação daquele espírito. Um cuidado especial deve ser tomado, desde o Desenvolvimento, para que ninfas tenham Pretas Velhas como Mentoras e mestres tenham Pretos Velhos, com vistas ao Emplacamento. Todavia, uma ninfa pode trabalhar com um Preto Velho, em seu atendimento nos Tronos, sem qualquer impedimento. Há alguns pontos para os quais os médiuns devem dar atenção:

 
  • Apará e Doutrinador devem fazer sua preparação para o trabalho dos Tronos com uma rápida concentração no Castelo do Silêncio. O Apará deve se preparar, sabendo que a maior parte de uma comunicação vai depender de sua boa sintonia, do seu grau de entrega ao fenômeno, que irá propiciar as condições para a perfeita manifestação das entidades, sem intervenções de sua própria mente.
  • 1º Mestre Jaguar proibiu o atendimento personalizado nos Tronos, isto é, o Apará já chegar com pacientes exclusivos. Aqueles que quiserem passar com determinada entidade deverão entrar na fila, normalmente, enquanto o Apará atende aos pacientes que estão na vez. Quando chegar a sua hora, então, será atendido sem qualquer privilégio.

  • Doutrinador deve evitar fazer consultas à entidade, tornando-se um “paciente de fita”, limitando-se a atender às determinações da entidade.

  • Doutrinador deve ficar atento às comunicações, em perfeita sintonia com o trabalho, sentindo as vibrações que se fazem presentes, e cortando imediatamente quaisquer comunicações que não correspondam àquelas normalmente emitidas pelos Pretos Velhos e Caboclos, fazendo uma entrega sempre que surgirem citações a encontro de almas gêmeas (entre Doutrinador e Apará), indicação ou suspensão de tratamentos médicos ou de medicamentos, previsões de mortes ou de gestações defeituosas, aspectos da vida familiar, profissional ou conjugal do paciente, etc.

  • A entidade pode sugerir o desenvolvimento mediúnico do paciente na Corrente, mas jamais definirá seu tipo de mediunidade – se Apará ou Doutrinador, definição esta que será feita somente no primeiro dia de comparecimento do médium no Desenvolvimento.

  • A entidade não pode fazer diagnósticos, receitar remédios ou trabalhos fora da Corrente, limitando-se a recomendar o uso da água fluidificada e dos trabalhos pelos quais o paciente deverá passar. Também devem ser evitadas as recomendações para a participação em sete Estrelas, sete Prisões, sete Induções, etc. Normalmente, quando o paciente busca ajuda para uma terceira pessoa, o trabalho é feito mesmo no Trono, porque é difícil conseguir que alguém que não seja médium desenvolvido consiga concentrar-se de modo a mentalizar com segurança uma outra pessoa na Junção ou na Indução.

  • A mensagem do Mentor é sempre de esperança. Mesmo que o paciente esteja já em fase de desencarne, sempre ouvirá palavras de conforto e encorajamento.

  • Mentor poderá aconselhar o paciente a procurar um médico da Terra, pois, assim, poderá dar prosseguimento ao tratamento que aliviou a sua parte espiritual mas terá continuidade com a cura do seu plexo físico. Em casos de indicação de cirurgia pelos médicos da Terra, pode a entidade aconselhar uma espera, para que seja cuidada a parte espiritual. Inúmeros são os casos em que a limpeza das vibrações negativas dos trabalhos, no Templo, levam o médico à clareza de seu diagnóstico e à visão perfeita de um quadro clínico neste plano material.

  • q Doutrinador deve deixar o paciente falar, porque isto leva ã troca de ectoplasma. Mas deve ficar atento para que não haja exageros nem direcionamentos, como, por exemplo, relatar que já esteve em outro Trono e o que aquela entidade lhe transmitiu. Isso pode gerar uma interferência no Apará, que recebe a projeção do possível cobrador pela força do ectoplasma emitido.

  • Existe, na manifestação da entidade, uma perfeita sintonia com o campo vibracional do Apará, de modo que, como não existem duas pessoas iguais, não há duas incorporações iguais. Assim, o Pai João de Enoque ou Mãe Tildes, por exemplo, se manifestam diferentemente, de um aparelho para outro. Um Apará pode achar muito bonita a incorporação de uma entidade em outro Apará, mas não deve querer imitá-la. Deve ter a sintonia com seu Mentor e buscar ser autêntico.

  • A autenticidade deve ser buscada, também, evitando a conversa prévia entre paciente e Apará, o que, certamente, prejudicará a comunicação da entidade. O paciente ficará sempre na dúvida se o que ouviu foi fruto da influência do próprio Apará ou se foi mesmo a Voz Direta. Nestes casos, o que mais se agrava é o de pessoas que se acham vítimas de vibrações de outras pessoas.

  • É muito comum o Doutrinador sair da sintonia do trabalho, propiciando interferências prejudiciais a todos. Nestes casos, quando o Mentor não o chama, com amor, à responsabilidade, é comum o Doutrinador sair com algumas perturbações, porque a espiritualidade tirou dele o que precisou e não fez a reposição, por sua desatenção.

  • O Doutrinador deve evitar qualquer toque no Apará e não deve permitir que o Apará toque o paciente, exceto nas mãos e na testa. Qualquer comportamento diferente deve levar a que seja encerrado o trabalho imediatamente.

  • Um cobrador não tem permissão para conversar com o paciente. Ele pode, ao incorporar, fazer acusações, reclamar, mas sem diálogo. O Doutrinador faz sua doutrina e elevação, sem preocupações com o que ele fala.

  • É preciso ter sempre em mente que as entidades que vêm trabalhar em nossa Corrente conhecem e obedecem às Leis do Amanhecer. Portanto, se houver alguma atitude contrária, pode o Doutrinador estar certo de que se trata de uma interferência, do Apará ou de um cobrador, e deverá fazer a entrega.

 

“Quero que vocês, Doutrinadores e médiuns de incorporação, que tanto bem vêm fazendo a esta Humanidade, nos Tronos ou onde estiverem lembrem-se somente de uma coisa: que ali estão manipulando uma força cristã, transformada no Cristianismo, para uma Nova Era. Quando chegar um paciente perto de vocês, não se preocupem com a mensagem do Preto Velho... doutrinária, somente doutrinária! E lembrem-se de que, acima deste trabalho, o trabalho de atender a uma pessoa, ali vocês estão fazendo uma caridade transcendental. E é só abrir os seus olhos físicos e ver: um homem doente, desajustado, ao qual vocês estão fazendo a caridade, procurando reajustar aquele paciente, com toda a consciência. Graças a Deus, vocês estão fazendo um trabalho transcendental. Muitas vezes, deste paciente vocês estão tirando um monstro, um impostor, que está desfazendo e desajustando, às vezes, dezenas de famílias... Um só!” 
(Tia Neiva, 27.6.76)


“Em muitos casos, as perturbações mentais dominam o homem de um modo clínico, pois todos os transtornos são de motivos psíquicos, profundos, dolorosos, de acordo com a sensibilidade do caso, da região afetada alucinatória. Devemos considerar o fator psíquico mesmo que seja no pé. Temos que destacar com um trabalho desobsessivo. Me faz lembrar de um homem que tinha uma grande dor na espinha a ponto de não poder sentar-se. Não podia mais andar. Os médicos tiraram diversas radiografias e o homem sempre pior. Chegou no Templo em uma cadeira de rodas, que mal podia sentar. Cheguei também na hora. Quando me viram foram dizendo: Este homem teve meningite e ficou com este defeito na espinha. O coitado ficou aleijado e o médico diz que não tem nada, é um absurdo! Percebi que se tratava de um ELÍTRIO. Mandei que passasse em três tronos. Os Pretos-Velhos mandaram que ele voltasse e, por fim, encontrei o homem restabelecido.” (Tia Neiva, 16.3.78) 

fonte:Obs.Tumarâ

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